01/12/2017

Orquestra Sinfônica Mundial das Árvores de Natal


No início de dezembro, em algum lugar próximo ao Trópico de Capricórnio, vários anjos reuniram-se atendendo a um pedido de Gabriel, o anjo representante da Lua na Terra.

Disse:
- Há na humanidade, certo grau de indiferença em relação ao Natal; esta data deveria ser celebrada de uma maneira fraterna e altruísta, sabedores de que Jesus, o ser humano mais evoluído já vindo à Terra nasceu, e em idade adulta emprestou sua túnica e manto para que Cristo, o grande arcanjo, as vestissem, possibilitando assim trazer sua mensagem de amor a todos.

- Mas hoje, a data – para muitos – está revestida apenas de consumismo, comidas, férias, viagens e bebidas...

- Diante destes fatos, faremos algo:

- Exatamente à meia noite do dia 24 de dezembro (obedecendo-se os diversos fusos horários do planeta), emitiremos o tom musical de SOL MAIOR, em todas as árvores de Natal do mundo, pois este tom é amigo do signo de Capricórnio, e o Natal é celebrado quando o Sol visita este signo.

- Durante todo o dia 25, as pessoas que observarem silenciosamente as árvores de Natal com o coração, ouvirão esta tonalidade musical, além do que suas orações serão atendidas. Possa isso plantar o verdadeiro significado do natal a todos.

Na manhã do dia 25, na cidade de C*, os irmãozinhos R* e C* estavam defronte a árvore de natal em sua casa, observando-a de forma fraterna; cada um fazia sua oração/pedido:

- Gloria a Deus nas alturas.
- Paz na terra aos homens de boa vontade.

Um grupo de anjos que passava por perto (na verdade pelo alto...), vendo e ouvindo a cena, iniciaram um diálogo:

Primeiro anjo: Ouçam, estão orando o que nós dissemos no nascimento de Jesus em Belém, e relatado pelo evangelista Lucas!

Segundo anjo: Sim, é verdade. E isto me lembra também o que Cristo falou muitos anos depois: Deixai as crianças, e não as estorveis de vir a mim, porque das tais é o reino dos céus.  Mateus registrou isso em seu evangelho!

Terceiro anjo: E vejam que interessante. Estes dois irmãos, em vidas anteriores   estavam no grupo daquelas crianças a que Cristo referiu-se!

Quarto Anjo: Escutemos o que estes dois irmãos estão ouvindo agora, proveniente da árvore de natal...


Possa a mística música dos cânticos de natal, despertarem as cordas mais ternas do seu coração..." 
(Max Heindel, Cartas aos Estudantes # 25).
FIM

PARA OS PAIS E/OU ADULTOS

***Ritual Rosacruz de dezembro; oficiar dia 20/12/2017, conforme orientação de nossa Sede Mundial, Oceanside. (veja aqui)

***Ritual Rosacruz de Natal (Serviço da Noite Santa), oficiar à “zero” hora do dia 25 de dezembro, ou a mais próxima deste horário (antes ou depois). (Veja aqui)

Ambos Rituais são abertos a todas as pessoas.
Mais sobre o NATAL (aqui)

20/07/2017

AS AVENTURAS DE REX E ZENDAH NO ZODÍACO (Àries)

 Rex e Zenda no Zodíaco - Na Terra do Carneiro (Áries) -  Imagem do original da revista "Rays from the Rose Cross", editada por Rosacruz e Devoção


                                                                        Original de Esme Swajnson.

Porque o calor aumentasse muito, Rex e Zendah perceberam estar próximos do último porto, o do Carneiro. Pela primeira vez em todas as suas aventuras, Rex e Zendah estavam realmente assustados. Por um momento, chegaram até a ter medo. Onde esperavam encontrar um portão, havia uma muralha de chamas saltitantes, impetuosas, crepitantes, tão alta que parecia tocar o céu. Pararam para olhar essa muralha e viram todas as tonalidades do verde, do azul, do vermelho e do lilás, onde, antes viam somente amarelo. Cada cor parecia emitir uma nota musical, sendo agradável vê-las e ouvi-las.

— "O Último portão" disse Rex após alguns minutos. “E parece difícil transpô-lo. Veja, entre as chamas há uma buzina, mas como faremos para atingi-la e fazer soar o alarme?"

— "Bem", replicou Zendah, "a senha desta terra é coragem. Será melhor vermos se podemos chegar perto dela".

De mãos dadas, pouco a pouco eles foram se aproximando. Estranho como possa parecer, o calor não aumentava à medida que eles se aproximavam do portão. Afinal chegaram bem perto das chamas. Rex, ousadamente esticou seu braço e verificou que podia pôr a mão na buzina sem se queimar. Toucou-a; houve um outro som em resposta, do outro lado do portão. As chamas dividiram-se, formando dois pilares recurvados e enrolados na parte superior, como chifres.

Unia-os uma espécie de corrente de fogo vermelho, da qual pendia uma cortina de chamas de cor rosada. Os pilares eram dourados e muito brilhantes. A buzina de dentro tornou a soar, e após veio a pergunta:

— "Quem ousa chegar a este portão?

Os meninos responderam conforme estava nas instruções:

— "Rex e Zendah, com coragem, ousam penetrar na Terra do Carneiro".

— "Atravessem o fogo", mandou a voz.

Isto parecia difícil. Os meninos entreolharam-se por um ou dois minutos, mas nenhum deles disse que o outro estava com medo. Aproximaram-se mais do portão e viram que a cortina de chamas se abriu pelo meio, possibilitando a entrada sem que eles se queimassem, embora as chamas fossem ameaçadoras. Atravessando a cortina de chamas, chegaram a uma terra de sol radiante. Era tão brilhante que eles sentiram vontade de pular e cantar.

Ninguém os esperava como acontecera em outras terras. A sua frente estendia-se grande campo silvestre com florestas enormes, selvagens, mas bonitas. Não se via nenhuma estrada. Perto, encontraram duas machadinhas que, evidentemente, eles deviam apanhar, pois havia um cartaz no qual se lia:

"Usem-me; servirei para desbravar caminhos difíceis."

"Não parece haver nenhum caminho", disse Rex, apanhando as machadinhas e dando uma a Zendah. "Gostaria de saber que direção devemos tomar."

— "Sigamos o Sol", propôs Zendah. 'Devemos chegar a algum lugar. 

Partiram por aquela terra selvagem, trepando pedras, atravessando bosques onde tiveram de abrir caminho usando as machadinhas. Isso era mais divertido do que enfadonho. Afinal, depois de algum tempo, chegaram a campos cultivados e viram algumas casas. Ao saírem do bosque, depararam com enorme carneiro branco. Dos chifres enfeitados do carneiro pendiam campainhas. Os campos estavam cheios de ovelhas, mas o carneiro, de alguma maneira, fez Rex e Zendah compreenderem que deviam segui-lo. Era por certo, um carneiro sábio!

Lá se foram eles atrás do carneiro.

O sol estava muito quente e a brisa era forte, mas eles sentiam-se vigorosos e podiam caminhar sem cansaço.

Afinal chegaram a uma estrada cheia de casas. Da maior delas saía barulho de máquinas e de pancadas de martelo. Pararam para olhar, pois todas as portas e janelas estavam abertas. Dentro, vários homens trabalhavam com ferramentas, máquinas e forjas, alguns malhando o ferro aquecido ao rubro.

"Que estão fazendo?" Perguntaram a um homem que saía da casa.

- "Tudo o que se pode fazer com o ferro", respondeu o homem. "Todas as ferramentas que se usam no campo para arar e colher, e agora, triste é dizê-lo, fazem também espadas e canhões e todas as coisas que os homens precisam na guerra. Teremos de fazer essas coisas até que os homens acabem de combater. Então, a energia do carneiro será utilizada somente para fazer ferramentas úteis."

Durante alguns minutos ficaram observando aquela afanosa colmeia humana, vendo as centelhas pular do ferro, de quando em quando. Por fim, recomeçaram a seguir o carneiro. Pela estrada vinha ruidoso grupo de cavaleiros que resplandeciam ao sol. Parando seus cavalos perto dos meninos, estes verificaram que eram cavaleiros vestidos com a armadura real. O chefe saudou-os com sua espada.

- "O Rei quer vê-los imediatamente", disse ele, "e mandou buscá-los. Montem ligeiro e sigam-nos."

 Deram um cavalo a cada um. Os meninos ficaram radiantes reconhecendo que aqueles eram os mesmos cavalos que montaram na Terra do Arqueiro. Também já haviam se encontrado com o chefe dos cavaleiros antes, na Terra do Leão e assim os meninos sentiram-se à vontade.

Rex foi convidado a encabeçar a tropa por ser uma visita especial, já que estava visitando sua própria terra. Cavalgaram depressa. O vento revolvia seus cabelos, tal a velocidade com que iam. Atravessaram clareiras onde havia cabanas; passaram por cidades que pareciam ter sido acabadas de edificar, até que por fim chegaram à Cidade de Marte.

O palácio estava numa elevação. Era todo construído de mármore vermelho polido. Era esplendoroso e brilhava como fogo sob os raios do Sol. Os meninos não pararam para observá-los. Subiram logo as escadas que conduziam à entrada do palácio, onde os outros cavaleiros vieram ao seu encontro. Estes últimos traziam túnicas brancas sobre suas armaduras, com o emblema da cruz e do carneiro bordado a ouro vermelho. Alguns deles não muitos tinham túnicas vermelhas e cruzes brancas. Cada cavaleiro tinha um pajem, um rapazinho de cabelos ruivos que vinha à frente, carregando a espada e o elmo do cavaleiro, feito também de aço forjado.

Rex e Zendah foram escoltados através das passagens e da longa escadaria de degraus de pedra verde-escuro até em cima, onde encontraram um homem idoso vestindo hábito de monge.

- "Vocês têm algo muito importante a fazer", disse ele.

"Nesta sua visita, que é a última, recebemos ordens de sagrá-los Cavaleiros do Sol, se prestarem juramento. O fogo pelo qual passaram no portão de entrada foi a primeira prova. Vocês prometem, Rex e Zendah, falar sempre a verdade, não terem medo, combater pelos fracos e serem leais ao nosso Rei?"

Os meninos responderam: - "Sim".

O senhor idoso colocou-lhes então sobre os ombros uma longa capa com uma cruz vermelha na parte posterior e mandou que eles o seguissem até a sala e que não falassem até receber ordem para isso. Era uma sala muito bonita, tão alta que não se via o teto. As paredes eram de cor-de-rosa pálido; os pilares de magnífico vermelho, como uma papoula. Cavaleiros, em suas armaduras brilhantes, permaneciam em "sentido" ao longo das paredes que tinha bandeiras de todos os países espalhadas, algumas novas, outras gastas ou rasgadas. O trono não estava no lugar habitual, mas no centro da sala. Frente a ele, no fundo da sala, havia um altar. A janela por trás do altar tinha a forma curiosa de uma espada, indo do chão ao teto. O punho da espada formava o diâmetro de uma estreita janela circular com doze divisões, cada uma com vidro de cor diferente.

Devagar, os meninos seguiram o senhor idoso até o trono onde estava o Rei Marte sentado, vestido com maravilhosa roupagem vermelha e ouro, tendo à cabeça uma coroa de aço polido. Marte cumprimentou-os e disse-lhes:

"Fui comissionado por nosso Senhor, o Sol, para sagrá-los seus cavaleiros; esta é grande honra. Vocês prometeram obedecer às leis dos cavaleiros e assim, quando chegar o momento oportuno, vocês me seguirão até as almofadas que estão diante do altar. Vejam que o fogo do altar não está aceso; somente uma vez por ano o Sol acende o Fogo Sagrado para mostrar que a Terra despertou para seu trabalho anual com seu auxílio. E nessa ocasião que são admitidos aqueles que se qualificaram para serem sagrados Cavaleiros do Sol."

Defronte do altar, do lado direito, estava em pé um arauto com uma trombeta. De cada lado, sentados, seis tambores. Os tambores rufaram. Marte deixou seu trono e caminhou até defronte do altar. Rex e Zendah seguiram-no e ajoelharam-se nas almofadas. Ouviu-se uma nota clara, tocada na trombeta e nesse momento um grande facho de luz solar brilhou através da janela em forma de espada, atingiu o altar em seu percurso, brilhando sobre Marte e os meninos ajoelhados aos seus pés.

A madeira aromática incendiou-se e nuvens de fumaça ergueram-se no ar. Nas nuvens de fumaça viram o rosto do Senhor Sol sorrindo para eles, desaparecendo a seguir.

Enquanto eles estavam banhados pela luz do sol, Marte retirou sua espada e batendo com ela levemente no ombro de cada um dos meninos, exclamou:

- "Levanta-te, Cavaleiro do Sol, toma tua Espada de Luz semelhante à do Rei Artur e, com coragem e destemor, combate o Dragão do Egoísmo no mundo, sem jamais desesperar, seja qual for a dificuldade da tarefa."

Os meninos levantaram-se. Os pajens cingiram-nos com cintos vermelhos e entregaram-lhes espadas luzidias em cujas copas seus nomes apareciam feitos brilhantes.

Todos os cavaleiros que estavam na sala desembainharam as espadas e saudaram-nos. Foi um lindo espetáculo ver tantas espadas brilhando no ar.

Logo depois, os dois tomaram seus lugares, já como cavaleiros, ao lado de Marte e esperaram que estes assinassem os passaportes, para que os cavaleiros pudessem, durante o próximo ano, seguir para terras estrangeiras onde combateriam a favor dos oprimidos.

Marte disse a cada um deles, enquanto apunha seu selo vermelho sobre o passaporte:

- "Segue com coragem, irmão, e vence todas as dificuldades."

Aos poucos o facho de luz solar foi se extinguindo. Marte virou-se para os meninos e disse-lhes que era hora de partirem. Saudando-o com suas espadas novas, os meninos fizeram meia-volta e saíram do palácio, tomando de novo seus cavalos que os esperavam na entrada.

Os Cavaleiros os seguiram até o portão de entrada e depois de saudá-los com suas espadas, os meninos logo estavam do lado de fora do portão.

"Nossas aventuras terminaram, Zendah", suspirou Rex; "agora voltemos para casa”.

"E vocês verão que isso não é fácil sem mim", gritou uma voz.

Voltando-se os meninos viram Hermes.

- "Bem, vamos rápido. Quando chegarem em casa, ajudarei vocês para se lembrarem de tudo o que viram e ouviram. Estão ansiosos para usar os talismãs? Então, cada mês, pensem na palavra-senha correspondente e logo verão que poderão usar o talismã durante todo o mês. O uso que vocês poderão fazer deles, depende da prática. Vejam: aqui estão as outras chaves para abrir o Livro da Sabedoria; estas chaves vocês poderão usar quando forem mais velhos”.

Hermes segurou os meninos pelas mãos e voou de volta para a terra, tão depressa que não tiveram tempo de contar até dois e já estavam no seu quarto.

"Agora", disse Hermes, "saiam bem devagar dos seus trajes estelares para se lembrarem de tudo pela manhã."

Tocou-os com seu báculo e... a primeira coisa que eles lembraram é que estavam sentados na cama, o sol alto, brilhando pela janela e sua mãe dizendo:

"Vocês demoraram a levantar hoje."

- "Oh! Mamãe, passamos momentos deliciosos. Estivemos na Terra das Estrelas com Hermes. Você se lembra de nos ter encontrado na Terra do Caranguejo?"

Mamãe sorriu. - "Então vocês também se lembram? Vocês estão de parabéns, pois não são todas as crianças que Hermes leva às Terras do Zodíaco." 


EPILOGO

As aventuras chegaram ao fim. Mas vocês poderão encontrar as portas da entrada das Terras do Zodíaco se por elas procurarem. Vocês verão que será mais fácil visitar umas terras do que outras. De certo isso depende de qual fada haja sorrido sobre o berço de cada um, quando nasceu, dando-lhe o talismã e a senha do seu signo natalício. Se foi o Rei Netuno quem sorriu para você ou se foi a Senhora Lua, você terá para contar, quando acordar, aventuras ainda mais excitantes do que as de Rex e Zendah. E então você poderá escrevê-las para outras crianças lerem.

Melhor que tudo, se você conseguir persuadir Hermes, o mensageiro dos Deuses, a tocá-lo com seu báculo mágico e a dar-lhe seus sapatos alados, eles serão seu passaporte para todas as Terras das Estrelas.

17/06/2017

AS AVENTURAS DE REX E ZENDAH NO ZODÍACO (Touro)

Rex e Zenda no Zodíaco - Na Terra do Touro Imagem do original da revista 
"Rays from the Rose Cross", editada por Rosacruz e Devoção

                                                              Original de Esme Swajnson.

Uma muralha de pedra, sólida e preta apareceu aos olhos de Rex e Zendah quando se aproximaram da terra do touro. Levantava-se reta e lisa; não se via uma falha. Mais ou menos a seis pés de altura do chão havia muitas esculturas; rostos pequenos, pássaros e animais semelhantes aos que fossem descobertos nas escavações feitas nos desertos do Egito. Os rostos eram esculpidos, sobressaindo ligeiramente da superfície da muralha e o conjunto escultural tinha por fundo linda pedra azul para fazer com que as esculturas sobressaíssem. 

Defronte da muralha o chão era arenoso; tão seco que a cada passo que se dava erguia-se uma nuvem de poeira. Os meninos sabiam que era difícil encontrar o Portão do touro, pois estava escondido, e por isso eles começaram a examinar cuidadosamente toda muralha. De súbito, Zendah tropeçou em alguma coisa no chão. Afastou a areia com as mãos e encontrou um alçapão de pedra, quadrado, tendo no meio uma argola de cobre que repousava num cavado feito de pedra. Rex pegou a argola e deu-lhe um puxão, mas a argola não se moveu. Zendah também tentou, mas nada conseguiu. 

Súbito, lembraram-se: 'temos de botar no cavado em que está a argola, o pó azul que Hermes nos deu, e colocar as joias que ganhamos na Terra do Escorpião-Águia e na do Homem do Jarro, uma de cada lado, e a joia do Leão por baixo. Depois disso vamos esperar para ver o que sucede". 

Olharam para as instruções que Hermes lhes dera para se certificarem se era isso que deveriam fazer. Era isso mesmo. Zendah ajoelhou-se e pôs o pó no cavado e arrumou as joias da maneira ordenada. Um minuto depois, subiu uma espiral de fumaça do pó e a terra tremeu tão forte que Rex e Zendah caíram um de cada lado do alçapão. 

Ao se levantarem constataram estar ao lado de uma abertura feita no chão. O alçapão estava suspenso de um lado como uma tampa de caixa. As joias enfileiradas adiante, prontas para eles apanharem-nas de novo. A abertura do alçapão era o princípio de uma escada de pedra. Os meninos pensaram que ali estava a entrada da Terra do Touro. Desceram a escada até o fundo onde viram uma arcada com uma porta de pedra na qual havia uma aldrava para bater, em forma de cabeça de touro. Rex deu duas pancadas e ouviu-se uma voz: 

- "Quem é?"

- "Rex e Zendah".

- "A senha?" perguntou de novo a voz.

- "Força". 

A porta caiu para trás e eles tiveram de subir por ela para poderem entrar. O Guardião do portão era uma pessoa alta e estava com um capacete semelhante a cabeça de um touro. Que figura esquisita! 

À entrada estava parada uma robusta mulher usando vestido branco com cinto azul. Seus ombros estavam encobertos completamente por um colar chato, de pedras azuis. Uma cinta de cobre mantinha seus cabelos castanho-escuros em ordem. Na frente da cinta havia um ornamento feito de chifre. 

- "Sejam bem-vindos à Terra do Touro", disse ela. "Possa nossa amizade durar tanto quanto são fortes e duradouros os nossos alicerces". Afastando-se para um lado, conduziu os meninos para dentro onde estava parado um carro puxado por dois bois brancos com uma coroa de flores nos chifres. Depois dos meninos subirem para o carro, ela subiu na frente e dirigiu a carruagem. 

As estradas eram largas e lisas, muito bem conservadas. Não viajaram muito, mas assim mesmo tiveram tempo para olhar os arredores. A primeira parte da terra por que passaram era campo; por toda parte viram homens e mulheres atarefados em arar e plantar. Todos pareciam saudáveis e vigorosos. A maioria possuía esplêndida cabeleira castanho escuros e grandes olhos também dessa cor. Todos cantavam enquanto trabalhavam. Onde havia muitos juntos, podia-se ouvir quase que um concerto. Em alguns lugares as sementes já germinavam. Parecia não haver lugar que não fosse cultivado.

Pouco adiante viram homens abrindo novas estradas e fazendo as fundações de edifícios. Os edifícios eram fortes e bem feitos. As paredes muito grossas e feitas de pesados blocos de pedra. Parecia que durariam para sempre depois de prontos. 

Nas casas já habitadas, os meninos verificaram que cada uma tinha um pequeno campo onde um touro ou uma vaca pastava ou estava deitado, aquecendo-se ao sol. De fato, havia, tanto gado nessa terra quanto cavalos na Terra do Arqueiro. 

Logo chegaram à Cidade do Touro. Era um quadrado perfeito, tendo aos lados altas e maciças paredes nas quais havia entradas frente ao norte, ao sul, a leste e a oeste. A carruagem parou no portão norte e eles seguiram seu guia a pé pela cidade. As ruas estavam cheias de pessoas; e como trabalhavam. Parecia que tinham tudo que você possa imaginar para vender. Havia mercadores de as partes do mundo tentando vender suas mercadorias dos donos de lojas. 

Em algumas lojas havia nas vitrines toda a sorte de coisas boas para comer. Só de olhá-las, ficava-se com fome.


Os meninos pararam a entrada de uma joalheria pois nunca viram, em parte alguma, tanta joia de ouro, nem pedras tão bonitas. Zendah quis comprar algumas para levar para casa, mas... não encontrou dinheiro nos bolsos de sua "roupa estelar".

Estava difícil afastá-los dali porque havia muitas coisas bonitas para se ver; mas afinal, foram para a parte central do mercado, onde se erguia o edifício principal da terra. Havia uma fonte em cada canto, surgindo das costas de quatro touros de mármore, pois este grande edifício, como toda a cidade, era um quadrado perfeito. O portão de entrada estava guardado por homens com capacetes semelhantes ao que usava o Guardião da entrada da Terra. Suas túnicas curtas eram azuis e seus escudos brancos, com um touro preto como ornamento.

Rex e Zendah estavam certos de que esse palácio não poderia sair dali; era tão sólido e tão estável quanto era móvel e aéreo o palácio de Hermes. Já no seu interior, os meninos ficaram embasbacados; estavam na parte mais bonita do edifício; cada parede, soalho ou corredor era de desenho diferente feito de pedra de várias cores e feitios.

Para poderem entrar na sala principal tiveram de afastar as cortinas de cor azul celeste. O teto da sala estava pintando de forma a parecer o céu estrelado. Ao redor havia grandes pilares com figuras pintadas semelhantes àquelas da entrada da terra.

O trono tinha por braços touros entalhados e em cima, na parede que ficava por trás, havia grande janela em forma de crescente lunar.

Uma mulher que estava sentada no trono sorriu para os meninos e pouco depois viram que ela era a Rainha Vênus, embora parecesse algo diferente, o que fez com que não a reconhecessem imediatamente. Seu vestido estava todo dobrado ao seu redor, em tantas dobras que ela estava quase escondida, mas seu pescoço e seus braços estavam nus. Usava magnífico colar de esmalte azul com correntes de esmeraldas pendentes e em sua cabeça tinha uma coroa feita de estreita tira de cobre os quais brilhava com círculo de prata.

Já era tarde porque a noite começara a cair enquanto eles iam para o palácio. A lua cheia apareceu brilhando através da janela bem por cima da cabeça da Rainha. Nesse preciso instante um órgão, no fundo do salão, começou a tocar suavemente e vozes em coro cantaram uma canção de agradecimento que, em constante crescente, terminou fortíssimo.

No momento de silêncio que se seguiu, Rex e Zendah viram a figura do quarto grande Anjo, com uma estrela na fronte, muito semelhante aos outros Anjos que haviam visto, com a única diferença que este possuía asas azuis.

Abriram-se as cortinas e uma procissão de pajens apareceu conduzindo bandejas de cobre. Era o festival das Ofertas da Terra. Essas ofertas consistiam em sedas, sementes, buquês de violetas, ornamentos de ouro e de prata, tudo tão bonito! No fim de tudo apareciam vasilhas cheias de moedas de ouro e de prata.

Mercadores de todas as cores e raças davam suas graças. Arquitetos trouxeram seus planos. Durante todo o tempo que durou a procissão de dádivas, o coro entoou a canção da Abundância da Terra.

Cada pajem, à medida que entrava, ocupava determinado lugar a direita ou à esquerda do trono. Depois de terem entrado todos os pajens, Rex e Zendah viram que estavam esperando por eles, para se apresentarem diante do trono. Ficaram muito encabulados pois nada tinham para oferecer.

A Rainha Vênus sorriu e disse:

- "Não esperamos que nossas visitas nos façam ofertas; ao contrário, somos nós que lhes damos algo, para levarem consigo. Por certo já perceberam que nesta terra há abundância de tudo o que proporciona conforto e bem estar. Eis aqui a bolsa mágica que nunca se esvazia desde que você dê um pouco do seu conteúdo a outro que dele precise ou toda vez que você gastar algum dinheiro com você. Ela lhe dará riqueza, Rex, mas use-a com sabedoria. A você Zendah, concedo o Dom da voz, Dom mais precioso do que o ouro".

Tendo tocado a garganta da menina com sua varinha ornada com violetas, Vênus colocou-lhe em torno do pescoço um colar de esmeraldas. Zendah sentiu vontade de cantar.

Vênus acenou com a cabeça, dando sinal aos músicos, e antes que pudesse perceber o que fazia, Zendah estava cantando sozinha.

Rex ficou admirado, pois nunca ouvira a irmã cantar, antes. Quando Zendah terminou a canção, a Rainha Vênus acenou aos meninos e ambos subiram os degraus do trono. Vênus abraçou-os e beijou-os.

- "Agora, sentem-se aí defronte, nessas almofadas, para vocês serem transportados ao portão da próxima Terra".

O órgão tocou um acorde lento e de novo as vozes do coro entoaram algumas palavras que os meninos não compreenderam. Ao final, a própria Rainha Vênus juntou-se ao coro. As luzes como que se apagaram e eles foram descendo, descendo, como se estivessem penetrando na terra e, de repente... um súbito barulho como se fechasse uma porta... e mais uma vez, com o quarto terremoto, estavam do lado de fora do Portão do Touro.


21/05/2017

AS AVENTURAS DE REX E ZENDAH NO ZODÍACO (Gêmeos)

Rex e Zenda no Zodíaco - na Terra dos Gêmeos Imagem do original da revista "Rays from the Rose Cross", editada por Rosacruz e Devoção








                                                                        Original de Esme Swajnson.

O portão da terra dos Gêmeos era delicado e diáfano, quase tão fino como uma teia de aranha. Dava a impressão que se poderia passar por ele mas ao mesmo tempo ele barrava a passagem. Sua principal característica é que movia-se de leve, constantemente, de modo que nunca se sabia para qual parte dele se estava olhando. 

Bem no centro havia um ponto de interrogação cercado por borboletas de metal cujas asas eram extraordinariamente lindas, como nunca se viu em borboletas reais. Os pilares do portão eram diferentes. Um era preto, tendo em cima a cabeça de um menino preto, carrancudo; o outro era dourado e encimado por uma cabeça de menino branco, de rosto sorridente. 



Rex e Zendah observaram atentamente o portão, embora seu movimento constante dificultasse a observação, procurando um modo de entrarem. Estavam ansiosos para entrar pois parecia uma terra alegre. 

_"Não vejo nada que nos Ajude", disse Rex, "acho melhor vermos no livro de Hermes."

Abriram o rolo e onde havia o símbolo da Terra dos Gêmeos, leram: "Observe o lado direito do portão; lá você verá um canudo de prata. No lado esquerdo você achará uma taça dourada, cheia com um líquido. Rex deverá fazer com um canudo uma bola perfeita e Zendah deverá soprá-la até levá-la exatamente em cima do ponto de interrogação que há no portão; nessa ocasião os Guardiães serão vistos e pedirão a senha".

_ "Que beleza!" exclamou Rex, "temos de fazer bolas de sabão e isto é fácil."

- "Não creio que seja tão fácil quanto parece" - respondeu Zendah, balançando a cabeça.

Logo encontraram o canudo e a taça dourada e Rex sentou-se no chão, próximo ao portão, enquanto Zendah ficou de pé, perto, para tentar soprar as bolas na direção ordenada, logo que Rex as fizesse.
Não foi fácil. Primeiramente nenhuma das bolas era perfeita e quando Rex conseguiu fazer uma, ela, ao solta-se do canudo, desceu ao chão e eles não conseguiram fazer com que subisse antes de arrebentar. Tentaram inúmeras vezes até que uma bola perfeita subiu lentamente mas arrebentou quando atingiu o lado esquerdo do portão. Outra bola perfeita foi soprada contra o lado direito do portão onde arrebentou. Somente na terceira tentativa Zendah conseguiu soprar a bola na direção certa. A bola foi subindo, subindo, brilhando com as cores do arco-íris. As crianças esperavam ansiosamente até que a bola atingiu a parte de cima do ponto de interrogação onde "bang", arrebentou. No mesmo instante ouviram um riso e duas vozes gritaram:
_ "Digam-nos os Nomes deste portão."

_"Alegria e Vivacidade", responderam os meninos.

As vozes disseram:
_"Entre Zendah com alegria e Rex com vivacidade."

O portão dividiu-se ao meio e abriu-se rapidamente com um movimento súbito.

Uma multidão de meninos e meninas correram para eles e puxaram-nos para dentro, todos falando ao mesmo tempo.
_"Venham comigo. de onde vieram?" "Como se chamam?" "Vou mostrar-lhes nossa escola." "Não,deixem-me levá-los à nossa", disseram vários meninos.

Rex e Zendah foram puxados de um lado para o outro, ficando sem saberem para onde ir. era certo que nenhuma daquelas crianças era tímida. 

Afinal, um jovem alto e magro, com um alegre piscar de olhos, empurrou os outros para o lado e tomando Rex e Zendah pelas mãos gritou:
_"Que vergonha meninos!" Vocês estão desconcertando nossos visitantes e dando-lhes a impressão que não sabemos o que queremos, embora seja verdade que alguns, nesta terra, tenham dificuldades em decidir-se."

Voltando-se para Rex e Zendah perguntou:
_"Vocês já estão com suas asas?"

Os meninos balançaram a cabeça negativamente, perguntando:
_"Que asas?"

_"Oh! penso que você tenham que esperar até que Hermes chegue", disse o jovem, "mas até lá pedirei às borboletas que lhes emprestem umas."

O jovem segurava uma vara de aveleira que brandiu duas vezes sobre sua cabeça. Imediatamente centenas de borboletas amarelas e azuis e de libélulas circundaram-nos.A maior das libélulas, grande como um passarinho trazia em sua boca dois pares de asas sobressalentes; o jovem apanhou-as e amarrou-as aos pés dos meninos.

_"Agora vocês já podem viajar para qualquer parte da Terra dos Gêmeos com rapidez. Que querem conhecer primeiro?", perguntou ele, pois viam que ambos estavam ansiosos para fazer perguntas.

_"Por que parece não ter pessoas velhas aqui?" perguntou Rex. O rapaz sorriu e disse:

_"Por uma razão. Não nos inquietamos e somos tão felizes que sempre permanecemos jovens, e também porque todos os que vêm viver aqui, mesmo por pouco tempo, banham-se na fonte da juventude. Venham ver."

Foram suavemente pelo ar, passando sobre belas florestas onde cresciam campânulas azuis e buganvílias sobre as quais esvoaçavam milhares de borboletas de todas as cores. Chegaram por fim a um bosque de aveleiras, dentro do qual havia uma fonte de um líquido que brilhava feito prata. O líquido movia-se devagar para frente e para trás em ondas largas, embora não soprasse nem a mais ligeira brisa. O ar estava perfeitamente parado masno bosque de aveleiras parecia ventar. O guia convidou-os a sentarem-se e observar.

Logo surgiram voando duas crianças que trouxeram consigo uma senhora idosa que não tinha asas nos pés. As crianças desceram-na gentilmente num dos lados da fonte segurando-a pelas mãos enquanto a senhor a atravessava a fonte. 
Para surpresa de Rex e Zendah, quanto mais a senhora penetrava na fonte, mais jovem se tornava; quando chegou ao outro lado já estava completamente rejuvenescida e em seus pés haviam crescido asas. Quando ela viu o que lhe sucedera, elevou-se no ar com um grito de alegria e juntou-se aos outros jovens que a esperavam na margem da fonte.

_"Realmente não há velhos aqui" disse-lhes o guia levantando-se para reiniciar sua viajem.. "Todos os habitantes daqui passam pela fonte d juventude e enquanto aqui viverem, permanecerão jovens".

Saindo da floresta voaram para a Cidade de Hermes, onde viram os moradores ocupados em diversos misteres, sempre afanosos, como se tivessem o cérebro nas mãos. Como na Terra do Homem do Jarro (Aquário), encontraram hábeis escultores, outros pintavam quadros ou tocavam com perícia instrumentos de música. Outros escreviam ou iluminavam manuscritos ou gravavam em cobre.  Mas o que quer que fizessem, todos pareciam que poderiam deixar seus trabalhos e fazerem os trabalhos dos outros tão bem quanto os seus próprios.

Por toda a parte os trabalhos eram diferentes. Em uma sala um jovem falava a respeito de suas viagens pelas estrelas. Disseram a Rex e Zendah que aquela era uma terra de conferencistas e que qualquer um podia falar bem, embora os habitantes das outras terras dissessem que eles falavam demais. 

Por onde quer que andassem, viam no salão de conferências luzes coloridas e de formas bizarras: centenas de bolinhas flutuando no ar, triângulos, cubos, etc. Seu guia explicava que essas figuras luminosas eram pensamentos que se viam mais facilmente ali do que em outras partes, por que lá tudo era muito vivaz e o ar claro.
Por fim chegaram ao palácio de Hermes. Foi bom que eles tivessem asas nos pés pois não poderiam atingir o castelo. 

O castelo consiste de duas torres circulares, muito altas e estreitas ligadas por magnífica ponte pênsil que balançava ao sopro da brisa. A entrada principal ficava no meio da ponte.

Todo o castelo estava sobre um mar de mercúrio e se movia incessantemente sobre este mar. Unicamente ao meio dia e à meia noite em ponto o castelo estava no meio e essa era a ocasião em que se podia voar para a entrada. Em outra ocasião, seria impossível chegar ao castelo.

_"Agora", disse-lhes o guia, "observem atentamente e sigam-me, no momento em que o castelo estiver no meio, pois de outra forma vocês não poderão ver Hermes enquanto estiverem na terra."

Ouviram-se badalar os sinos do alto da torre da esquerda. Quando pararam de soar, duas notas profundas saíram dos sinos da torre da direita. Chegara o momento. Eles, tinham que voar para a entrada com a velocidade do pensamento e estavam sem fôlego quando chegaram aos degraus da escadaria. Imediatamente o castelo pôs-se a mover, novamente, mas de onde eles estavam parecia-lhes que a terra é que se movia e não o castelo. 

No pórtico, dois pagens, um menino e uma menina, puxaram as cortinas. Eram tão parecidos que Rex e Zendah exclamaram:

_ "Mas vocês são gêmeos!"

Os dois se entreolharam e sorriram:
"Só os gêmeos são utilizados no Palácio de Hermes."

Tudo eram em pares, até as paredes de onde pendiam espelhos coloridos de tal maneira que se você parasse um instante, veria dois de você . Atravessando a ponte e subindo ao topo das torres, entraram na sala do trono que estava suspenso e ladeado por cortinas amarelas amarradas a báculos, lá em cima, nas paredes.

Os pagens disseram que essas cortinas eram mudas constantemente, havendo um modelo diferente para cada dia, pois, quem naquela terra, desejaria ver sempre a mesma coisa?

No meio da sala havia espelhos, como nos corredores, e também estátuas de homens correndo ou voando. em cima pendiam inúmeras fileiras de sinos de prata. No fim da sala, erguiam-se duas plataformas, cada uma com um trono,: um amarelo, e o outro púrpura. Hermes estava sentado no amarelo. Sorriu e deu as boas vindas aos meninos. 

_" Imagino que vocês querem saber porque tenho dois tronos, não?" Quando todos, nesta terra, fazem tudo direito, uso o trono amarelo, mas quando encontro algo errado, o que acontece às vezes, uso o trono de cor púrpura.".

_" Toquem os sinos de boas vindas". gritou ele elevando o seu cetro. Os sinos executaram alegre canção. 
_"Tudo aqui é juventude, atividade e prazeres, mas há também uma lição a aprender".

Dizendo isso, Hermes levou-os a um pequeno quarto situado ao lado da sala. Aí os meninos viram uma caixa sobre a mesa, cercada de estranhos instrumentos. Sobre a parede liam-se as palavras:
" Não calunieis, nem dê ouvidos às calúnias".
A caixa é a de Pandora. Faz muito tempo, os deuses deram uma caixa aos homens dizendo-lhes que ela lhes traria felicidade enquanto não a abrissem. Mas Pandora era muito curiosa e abriu a caixa. Imediatamente saíram da caixa todos os males e doenças que os deuses haviam aí encerrado. Só a esperança permaneceu dentro da caixa.

_" Quando os nossos meninos ficam muito faladores, muito curiosos ou turbulentos, são trazidos para cá a fim de se lembrarem da velha história". 

_"Vêem esses instrumentos? Os homens os fizeram na terra para com eles fecharem a boca dos que falam muito. Nós conservamos cópias deles aqui como um aviso contra o falar demasiado".

Voltaram ao salão do trono. Os pagens vinham constantemente trazer cartas e mensagens a Hermes. era difícil compreender como Hermes podia atender a todos eles. finalmente um pagem trouxe lindos pares de asas, semelhantes às que Hermes usava nos pés, e deu-os um a Rex e outro a Zendah, para substituirem as asas da libélula que haviam usado então.

_"Agora vocês possuem os sapatos da ligeireza. Eles servem para muitos fins, como vocês verão, mas usem apenas no serviço aos outros. As asas da libélula não servem para trabalhos pesados. Alguns dos meus filhos acham que servem, mas logo verificam que não podem voar longe. A joia que lhes dou é a calcedônia; ela é a senha desta terra, lembrando a vocês para serem os verdadeiros mensageiros dos deuses, levando a esperança e a alegria onde vocês forem. Tornarei a encontrá-los no último portão para levá-los de volta à casa. Agora não posso mais ficar porque nosso Senhor, o Sol, mandou me chamar". 

Voltando, passaram pela ponte pênsil e pelo lago de mercúrio. Passaram pela cidade de Hermes onde algumas crianças entravam em edifícios que pareciam escolas. Passaram pelo bosque de borboletas e pela fonte da juventude. Chegaram ao portão de entrada e o mesmo grupo de crianças que os recebeu gritou-lhes, enquanto os portões se fechavam: 
_" Não se esqueçam de como se fazem bolhas alegres!"

AS AVENTURAS DE REZ E ZENDAH - O COMEÇO

As Aventuras de Rex e Zenda no Zodíaco – tradução pela Fraternidade Rosacruz – Sede Central do Brasil publicado na revista Serviço Rosacruz de 1980 - 81. O original de Esme Swajnson.foi publicado na revista Rays from the Rose Cross nos anos 1960-61 e  novamente nos anos 1996-97.