30/03/2017

AS AVENTURAS DE REX E ZENDAH NO ZODIACO (Leão)

Rex e Zenda no Zodíaco - Na Terra do Leão
Imagem da revista "Rays from the Rose Cross", editada por Rosacruz e Devoção

Original de Esme Swajnson
Rex e Zendah ficaram por algum tempo diante do Portão do Leão admirando-o. De fato eles não podiam decidir qual o mais bonito: se esse ou o portão da Balança.

Era feito de ouro; algumas partes foscas e outras tão polidas que podiam refletir os raios de luz. De cada lado, havia uma alta torre. A porta estava entre elas; era de sistema levadiço. Um sol de ouro constituía a porta enquanto os raios do sol formavam as barras que a completavam. Havia uma pequena portinhola, em cada torre, como uma campainha em forma de cabeça de leão.

Rex dirigiu-se para uma delas e bateu; abriu-se a portinhola e apareceu um rosto que perguntou:

-     "Quem é?"
-     "Rex e Zendah", responderam.

—    "Dê a senha".
—    "Fé", disseram ao mesmo tempo os meninos.

Ouviu-se uma fanfarra de trombetas e o portão foi suspenso deixando passagem livre por uma ponte que conduzia a outra porta.

Dirigiram-se para essa porta que se abriu lentamente diante deles, mas aí eles pararam de súbito. Barrando o seu caminho havia dois leões que pareciam ferozes, um com juba preta e outro com juba casta­nha. O pior era que os leões não estavam presos e pareciam prontos a pular sobre os meninos. Eles não podiam regressar porque a ponte tinha sido suspensa, deviam seguir para a frente.

Zendah teve uma inspiração! 0 pão que Hermes lhes dera na Terra da Virgem! Ela ainda tinha umas migalhas. Pondo a mão no bolso, tirou-as e timidamente ofereceu-as aos leões.

Bem podem vocês imaginar quão grande foi a surpresa dos meninos quando os leões comeram as migalhas, começaram a ronronar e estiraram as cabeças para serem acariciados. De certo seu ronronar era mais parecido com um longín­quo trovão, comparado com o ronronar do gato de Rex e Zendah.

- "Eles serão muito bons se vocês forem valentes, mas evitam que qualquer covarde penetre nesta terra", disse uma voz.

Procurando, eles viram um cavaleiro vestido com armadura dourada, sobre a qual havia um manto de linho branco onde se via coração vermelho sobre uma cruz também vermelha. Tomou as crianças pela mão e gritou: - "Em nome do Rei, abram a porta".


Abriu-se a porta e eles se viram defronte de uma estrada cheia de pessoas todas vestidas com lindas roupas de ouro, carmesin e púrpura.

Cavaleiros armados, pagens com trombetas, servos com bandeiras e uma banda composta de todas as espécies de instrumentos musicais, estavam organizados em fila.

Um magnífico coche aproximou-se parando diante deles e Rex e Zendah foram convidados a entrar nele.

O bombo deu um sinal e a banda começou a tocar; todos, em procissão, partiram pela estrada, o coche no meio. O povo, postado aos lados da estrada, acenava com bandeirolas, enquanto eles passavam.

Olhando pela janela enquanto viajavam, Rex e Zendah perceberam que não havia casas pequenas. Todas as casas eram em centro de jardim próprio onde cresciam centenas de girassóis e malmequeres; quelidônias formavam um tapete no chão. Chegando afinal ao palácio, viram que estava situado em um parque circular limitado por uma larga alameda de magníficos cedros. Igualmente espaçadas, havia doze entradas que conduziam ao palácio, cada uma ensombrada por cedros. A sombra era necessária já que o Sol brilhava fortemente, pois era sempre verão na Terra do Leão.
Descendo do coche em um dos portões, caminharam sobre lindo ta­pete purpúreo em direção à entrada principal, escoltados por vários pagens.

Dois arautos foram ao seu encontro e precedendo-os na sala do trono, tocaram as trombetas; as cortinas abriram-se; eles pararam e olhavam em torno, espantados, pois a sala era circular como o parque e as paredes feitas de ouro; o chão era um enorme rubi. Essa grande sala levava a cinco outras menores cujas paredes também eram de ouro.

Pendentes do teto, defronte do trono, havia sete lâmpadas vermelhas acesas. Ao lado do trono, braseiros aromatizavam o ar com fumaça perfumada, tal como na Terra do Escorpião-Águia.

Os servos, bem como os grandes senhores, tinham bordados em suas túnicas corações vermelhos. Um carrilhão de sinos bateu doze pancadas; no mesmo instante todos se voltaram para o trono de ouro cujos braços eram formados por dois leões. Um sol, semelhante àquele do portão da entrada, estava entalhado no encosto do trono.

As nuvens de fumaça perfumada enchiam o ambiente e os meninos julgaram ver estranhos animais, montanhas e gigantes, mas luzindo além deles, perto do teto da sala, via-se uma brilhante estrela. A nuvem de fumaça dissipou-se e eles viram a estrela brilhando na fronte de um Anjo de asas de ouro; era tão alto que ia do chão ao teto.



A nuvem de incenso localizou-se sobre o trono e à medida que se dissipava, aparecia uma luz brilhante, tão brilhante que Rex e Zendah cobriram seus olhos. Ninguém pode olhar para o Sol!

Uma voz profunda e suave deu-lhes as boas vindas e olhando para o trono os meninos viram lá, sentado, um formoso jovem.

Era jovem mas parecia sábio e bondoso. Seus cabelos ondulados lembravam raios de sol. Sua veste era amarelo-brilhante, algo parecida com armadura de escamas feitas de pequenas folhas de ouro e trazia ao pescoço uma pesada corrente da qual pendia um rubi em forma de coração. Com uma das mãos segurava uma bola de cristal com uma cruz em cima, e com outra, um cetro de ouro.

Enquanto os meninos eram conduzidos a cadeiras próximas ao trono, viram no fundo da sala uma cortina ligeiramente suspensa, deixando ver um palco.

Uma orquestra oculta tocou uma música de abertura.Terminada a música, seguiu-se uma peça sobre as aventuras de um jovem que procurava um tesouro oculto. Por toda a parte encontrava dificuldades; em cavernas sombrias, os gnomos se opunham à sua passagem; no mar, furiosas tempestades faziam com que as ondas caíssem em cima dele, e por várias vezes esteve a ponto de naufragar. Do ar, fadas sopravam fortes ventos para impedir que ele chegasse à ilha do Tesouro de Ouro e quando chegou a essa ilha teve de atravessar um círculo de fogo cantes de poder escalar a Montanha do Tesouro.



Durante a subida da montanha, animais ferozes opunham-se ao seu avanço e embora tivesse de combater durante todo o seu caminho não sofria nenhum dano porque enfrentava todos os perigos sem temor. Chegando em cima, viu um dragão postado na entrada da caverna. Depois de duro combate o dragão foi vencido e o jovem, entrando na câmara secreta, achou o Coração de Rubi que é o tesouro da Terra do Sol. Um coro de vozes acompanhado pela orquestra entoou um cântico de regozijo, saudando o vencedor. As cortinas desceram e a peça terminou.

Depois da representação, dois pagens conduziram os meninos a uma das salas laterais onde eles viram crianças estudando mapas. Um dos pagens explicou que eles estavam se preparando para serem dirigentes e reis e por isso deviam saber e compreender como se fazia tudo antes de poderem mostrar aos outros como se fazem as coisas.

Rex pensou que era muito duro aprender para ser rei. Mais ainda, quando viu que aquelas crianças passavam o tempo de folga aprendendo a correr e a pular, e a usar todas as espécies de armas ofensivas para poderem proteger seus súditos em caso de ataque, embora eles nunca combatessem a não ser para proteger alguém.

Os pagens escoltaram os meninos de volta ao grande salão onde mais uma vez ficaram de pé frente ao rei. De uma almofada segura por um servo, o rei tirou uma corrente com um rubi pendente e colocou-a em torno do pescoço de Zendah. Essa corrente parecia com a que ele trazia consigo.

- "Você sabe a senha desta Terra", disse ele. "Conserve seu coração bondoso para todos, e procure o que há de melhor em cada pessoa. Fazendo assim, seu rubi brilhará de forma esplendorosa". 

Voltando-se para Rex colocou em suas mãos um bastão de ouro com um rubi numa das extremidades.

- "Isto dar-lhe-á poder para dirigir e organizar em qualquer parte que você esteja, mas lembre-se que você não deve ordenar ninguém a fazer algo que você mesmo não possa fazer. Agora vocês devem partir e como esta é a Terra do Terceiro Guardião dos Ventos, vocês viajarão velozmente para o portão de entrada".

Todos se levantaram e fez-se silêncio no grande salão. Os meninos ouviram sussurrar outra palavra estranha, que eles não conheciam. Uma voz depois de outra foram-se unindo até surgir um coro de belíssima música cantado por centenas de vozes.

A medida que as vozes iam-se juntando ao coro, começou a soprar um vento que aos poucos foi aumentando de velocidade. Afinal o rei levantou-se e pronunciou uma palavra em linda tonalidade. As vozes do coro foram sumindo em murmúrio.

O salão estremeceu, como aconteceu na Terra do Escorpião-Ãguia e imediatamente os meninos se encontraram do lado de fora da Terra do Leão.

       — "O terceiro terremoto", disse Rex.

02/03/2017

AS AVENTURAS DE REX E ZENDAH NO ZODIACO (Virgem)









Rex e Zenda no Zodíaco - Na Terra da Virgem  Imagem da revista "Rays from the Rose Cross",editada por Rosacruz e Devoção

Original de Esme Swajnson
A entrada para a próxima terra se fazia por meio de um pórtico cujos pilares eram inteiramente cobertos por espigas de milho presas por meio de folhas entre as quais apareciam ramos de frutas e flores. Rex e Zendah lembraram-se do festival da colheita.

Na base de cada um dos pilares haviam uma bacia com água; em torno de cada bacia havia palavras gravadas. Numa estava escrito: "Somente com mãos e pés limpos podem entrar nesta terra". E na outra: "O asseio é quase religiosidade".

0 espaço entre os pilares não era fechado por portão mas parecia coberto de pés de milho mais altos do que as crianças. Não se via ne­nhum caminho e quando as crianças tocavam os pés de milho com as mãos sentiam que eles eram duros, não dobravam. Não havia nenhuma passagem entre os pós de milho. Zendah olhou para o rolo que Hermes lhes dera e mostrou a Rex o que lá estava escrito: "Quando chegarem à Terra da Virgem, lavem-se na água das bacias e esvaziem-nas diante dos pés de milho entre os pilares: depois pronunciem a senha."


Os meninos dirigiram-se para as bacias. Rex lavou as mãos em uma e Zendah na outra.

"Você acha que nós nos devemos lavar em ambas as bacias?" perguntou Rex.

"É claro, bobinho", disse Zendah. "Suponho que sejam espécies diferentes de água. Senti isso quando coloquei minhas mãos dentro delas". Sentando-se no chão, Zendah pôs os pés nas águas de ambas as bacias.

"Não vejo necessidade de fazer isso", resmungou Rex pensando que estavam perdendo tempo com tanta lavagem. Todavia, Zendah mostrou a Rex que numa das bacias estava escrito sobre limpeza de pés e mãos e Rex concordou que era melhor lavar os pés também. Depois de se lavarem, despejaram a água como estava ordenado. Na areia apareceram as seguintes palavras: PUREZA E SERVIÇO. Estas palavras formaram-se lentamente e logo desapareceram. Uma voz assustou-os — "Sejam benvindos meninos".
Olharam para cima e viram que onde havia pés de milho que não dobravam estava Hermes com os braços estendidos para eles.

"Vocês se conduziram muito bem até aqui sem mim", disse Hermes, "mas nunca me afastei de vocês embora vocês não me percebessem. Era eu quem "soprava" nos seus ouvidos quando vocês não sabiam o que fazer".

Chamou os meninos para perto de si e afastando os pés de milho com uma das mãos, com a outra apontou para um caminho que ha­via entre eles.

Caminharam por extensos milharais, por grandes plantações de aveia, cevada, trigo e outras espécies de grãos. Tudo madurinho, pronto para ser colhido. No fim do caminho encontraram uma bonita cidade onde várias mulheres vestidas de amarelo cor de milho maduro foram ao seu encontro. Essas mulheres pareciam não ver Hermes mas falaram com as crianças.
"Lavaram seus pés?", perguntou uma.
"Suas mãos estão limpas?", perguntou outra.
"Espero que vocês não tragam a menor partícula de sujeira para a Terra da Virgem", disse uma terceira.

Rex e Zendah ficaram atarantados e olharam para Hermes para saber o que deviam dizer.

"Senhoras", disse ele, "não há necessidade de fazerem tais per­guntas. Estariam bem empregadas para muita gente: não para esses meninos que estão usando seu corpo astral que, como sabem, está sempre limpo. Além disso, eles não poderiam entrar nesta terra sem usarem antes a água das bacias do portão."

As mulheres inclinaram-se solenemente para as crianças que seguiram com Hermes pela cidade ensolarada. Por toda a parte viam-se pequenas casas com jardins, cada um diferente dos outros.

Uma coisa tinham esses jardins em comum: não se via nenhuma erva má, e em todos eles havia canteiros de flores e passeios limpos, sem uma pedra fora do lugar. Era tudo tão bem arrumadinho que os meninos chegaram a ter receio de passar por ali.

Passando além desses lugares floridos chegaram à cidade principal que Hermes disse chamar-se cidade da Perfeição.

Lá haviam lindas casas limpas que, na maioria, pareciam lojas dos mais variados negócios. Dentro delas, escreventes trabalhavam afanosamente escrevendo em enormes livros, fazendo soma de parcelas com várias ordens de algarismos.

Todas as paredes eram cobertas de prateleiras divididas em centenas de repartições, cheias de papéis e todas rotuladas com nomes diferentes. Pessoas andavam apressadas pondo ou tirando papéis dessas repartições. Estavam muito atarefadas para poderem explicar aos meninos que também não se mostraram muito interessados até que Hermes lhes explicou que aquilo que ali escrevia era de grande utilidade para outras terras porque lá se escreviam e conservavam guardadas as coisas importantes que aconteciam.

De lá foram ter a um grande quarto na sub-loja que muito os interessou.

Era o maior laboratório que já haviam visto. Homens e mulheres de aventais brancos, auxiliados por vários rapazes da idade de Rex, estavam agrupados em torno de pequenas chamai azuis de gás, observando vasos de vidro de formas estranhas.

Outros esmagavam coisas em almofarizes. De quando em quando havia explosões nos vidros e todos se juntavam em redor anotando em seus cadernos de apontamentos.

Um homem tirava o sumo de várias frutas, enchia vidros com ele e experimentava o efeito de gotas de líquidos coloridos sobre os mes­mos. Estes resultados também eram anotados. Rex perguntou: — "Que fazem eles?".

"Tentam descobrir quais as coisas que tem maior valor alimen­tício para as pessoas comerem".
Rex replicou: — "Pensei que os melhores alimentos fossem o de melhor gosto."

Daí eles passaram por um corredor até uma sala verde cheia de plantas e de flores desabrochadas; muitas delas desconhecidas dos meninos.

"Por que", perguntou Zendah depois de andar de uma planta para outra, "elas não se parecem nem um pouco com as que temos em casa?"

0 jardineiro-chefe chegava nesse momento e respondeu:
"Não, não são: aqui as fadas nos ajudam desenvolver novas espécies de frutas e flores. Vejam: assim é que fazemos, mas primeiramente precisamos ver se as estrelas dizem ser o tempo propício". Dirigiu-se para um livro pendurado num dos cantos da sala e correu seu dedo por uma página.

  "Bem, em cinco minutos poderemos começar."
Tirou uma pequena escova de uma caixa e dirigindo-se a uma planta branca semelhante a um lírio que crescia próximo, tirou um pou­co de pólen dos seus estantes e depositou-o no longo tato verde que crescia no centro de uma magnífica flor vermelha.

"Agora", disse, "devemos atá-lo num saquinho de musselina para que ninguém o toque. Quando as sementes amadurecerem, veremos delas nascer um lindo lírio, vermelho com pintas brancas ou então branco com pintas vermelhas. Não podemos afirmar como será porque tudo depende das fadas".
Depois, deu aos meninos um pêssego com gosto de abacaxi e uma maçã almiscarada, sem sementes.

Mostrou-lhes uma rosa azul e uma ervilha amarelo-brilhante.
"Todas essas flores e esses frutos são descobertos aqui, antes de vocês poderem produzi-los na terra", disse ele.

Zendah segurou em seu braço.
"Quando poderemos produzir uma rosa azul?", perguntou. Ele balançou a cabeça misteriosamente.

"Quando o jardineiro-chefe for morar com vocês", respondeu.

Os meninos não queriam mais sair dali. Afinal, Hermes disse-lhes que se apressassem e levou-os a um jardim cercado por altas paredes de pedras. As paredes eram cobertas por árvores frutíferas. No meio do jardim havia um canteiro hexagonal cheio de lírios brancos. No centro desse canteiro havia uma árvore estranha; suas folhas brilhavam como prata e os frutos cintilavam como jóias de diversas cores. No alto do galho mais elevado havia uma maçã dourada que brilhava como o sol.


"Esta é a coisa mais valiosa desta Terra", disse Hermes, "a maçã Dourada do Conhecimento e da cura. Em todo o Universo só existe este exemplar. Algumas das pessoas que vocês acabaram de ver estão tentando fazer nascer outras árvores semelhantes a esta. Conseguiram fa­zer uma maçã prateada que fará muito benefício mas ainda não descobriram como fazer nascer a maçã vermelha." Saindo desse páteo, penetraram no palácio. Aí como em toda parte tudo estava onde devia estar; nada faltava, embora não fosse tão bonito nem tão confortável quanto o Palácio de Vênus.
As paredes eram cobertas de linho amarelo. Pequenas correntes d'água passavam por canais nos corredores de modo que para se entrar nos quartos era preciso passar pela água. Isto era para evitar a entrada de poeira nos quartos.

Na sala maior, bem no fundo, havia um dossel sob o qual estavam sentados cinco homens sábios em torno de uma mesa redonda. Havia uma cadeira vazia na mesa; a diferença entre essa cadeira e as outras estava em ser mais belamente entalhada Hermes disse que essa era a sua cadeira, mas que sempre estava tão ocupado como mensageiro dos deuses que os cinco homens governavam por ele quando estava ausente.

"Meu irmão Vulcano também ajuda, mas está tão ocupado em forjar obras de arte que também não tem muito tempo para governar. Pouca gente sabe quando ele aqui aparece".

Os meninos olhavam para uma oficina ao lado da sala. Lá viram Vulcano martelando folhas de metal. Muitos jovens faziam inúmeras coi­sas úteis, desde vasos e bacias até pequenos baldes. Era notável a deli­cadeza dos detalhes e o polimento dado a cada peça. Voltando à sala grande, Hermes apanhou em um prato uma bonita maçã colorida e deu-a a Zendah. Olhando-a surpresa, Zendah verificou que era de metal embora parecesse verdadeira.

- "Esta é uma cópia da maçã da saúde", disse Hermes, "mas po­derá fazer passar a dor de cabeça quando você a cheirar, também cura uma porção de outros males".

Nas mãos de Rex, Hermes depositou um alfinete com feitio de lírio, cuja cabeça era de jaspe, dizendo-lhe para conservá-lo como lembrança da Terra da Virgem.

De um outro prato tirou um grande pedaço de bolo e partindo-o ao meio deu um pedaço a cada um dos meninos.

— "Em parte alguma vocês encontrarão pão que satisfaça tanto como este da Terra da Virgem", disse.

De fato, depois de terem provado, Rex e Zendah concordaram que jamais provaram pão tão delicioso.

De regresso ao portão de entrada, passavam por todas as casas tão limpinhas e de novo chegaram aos campos de milho. Hermes mostrou-lhes o caminho acenando com a mão.


Os meninos penetraram no caminho mostrado e logo chegaram ao lado de fora da Terra da Virgem, próximo do portão seguinte.