03/11/2016

AS AVENTURAS DE REX E ZENDAH NO ZODIACO ( Aquário)

As crianças estavam paradas agora no lado externo do segundo portão. Este era muito diferente do primeiro; parecia feito de nuvens de movimento rápido e acima delas podia-se ver um grande globo verde tendo uma estrela no meio.

Rex encontrou uma vara que parecia ter vida, caída perto do portão. As instruções do rolo diziam que ele devia usá-la para conseguir entrada.

_”Não vejo onde bater”, disse ele para Zendah, mas no momento em que levantou a mão com a vara, uma faísca, como um relâmpago, saiu do extremo desta em direção ao globo verde em cima do portão. Subitamente as nuvens desapareceram e os meninos viram que o globo descansava sobre uma grossa coluna verde. Atravessadas no meio do portão estavam duas serpentes; uma de prata, por cima, e outra de bronze, por baixo.

Gravado por cimas das serpentes aparecia o símbolo de duas mãos dadas:

_”Quem veio chamar o Guardião das Grandes Distâncias? ” gritou uma voz.

_”Rex e Zendah da Terra, responderam eles.

_”Dê o passe”.

_”Fraternidade, respondeu Rex.

_”Entrem, Rex e Zendah, pelo espírito da Fraternidade, na terra do Aquário.”

Os portões rangeram. Os dois encontraram-se no começo de uma larga estrada que se estreitava quando se olhava para longe, em frente. De cada lado dessa estrada saiam outras cinco, ficando assim o terreno dividido em onze partes, tendo cada uma delas lindas casas.

Logo, viram vindo ao longe, um homem envolto em uma túnica feita de um material que eles nunca viram antes.

Parecia uma malha de proteção, embora não fosse de metal, brilham qual escamas de uma cobra em furta-cor, ora verde, ora laranja, ora púrpura. Sobre esta malha havia uma vestimenta feita de vários quadrados coloridos. E, torno dos tornozelos tinha aros com joias que brilhavam como a vara do portão. Ele deu as boas vindas `s crianças e convidou-as a verem o Rei.

O homem bateu as mãos por cima da cabeça e imediatamente uma máquina voadora prateada desceu, e eles entraram nela. Voaram alto, PR cima da grande escada central e chegaram logo ao castelo, com a velocidade do pensamento. Homens altos, vestidos como seu guia, estavam parados de cada lado ao lado da escada de entrada, e todos eles faziam gestos de saudação quando eles passavam, juntando a mão direita com a esquerda.

O Castelo estava cheio de belas estátuas e ornamentos de toda espécie e eram tantos que não possível verificar a sua variedade.

_”Rex” murmurou Zendah,”parece o Museu Britânica, só que muito mais bonito”.

Passaram pelo grande hall e por fim chegaram diante do trono, feitos de muitos metais diferentes. O tapete do chão e as cortinas que ficavam por detrás do trono eram feitos de quadrados verde e laranja alternados.

Um homem idoso, de semblante sério e longa barba branca estava sentado no trono. Vestia túnica verde escuro, em cuja bainha havia muitas crisólitas e ramos de morangos cheio de frutos e por baixo tinha uma vestimenta de fino linho branco. Segurava uma ampulheta e a seu lado permanecia um homem escuro com os olhos penetrantes e uma coroa que parecia luzir com brilhantes de fogo. Sua roupa também muda de cor cada vez que se olhava para ela.

_”Sejam bem vindos meus filhos”, disse o Rei. “Vocês conhecem o meu nome; sou o Pai Tempo, por vezes chamado Saturno. Aqui, na terra do Homem com o Jarro (Aquário), muito do meu trabalho é feito pelo Rei Urano, que é mais velho do que eu, embora pareça mais jovem. Ele mostrará a vocês as maravilhas desta terra”.

_”Vamos primeiro às minas” disse Urano, descendo do trono. Deixando o palácio entraram novamente na máquina voadora, e partiram para as montanhas onde chegaram logo.

Urano levou-os ao interior de uma montanha em que havia cavernas profundas nas quais homens trabalhavam com máquinas conhecidas.

_”Estas são minas de rádium” disse Urano. “Vejam”, e ele apertou um botão de uma máquina que estava próxima das paredes da caverna. Imediatamente uma espécie de espada desceu e praticou uma abertura na rocha. Do corte saiu uma torrente de metal cintilante que brilhava como o Sol. Parecia ter vida e os meninos não puderam olhar para ele além de um instante.

_”Temos desse metal na Terra? ” perguntou Rex.

_”Sim, mas pouca quantidade. Quando a Terra era muito jovem pusemos boa quantidade nela mas com o tempo, quase toda a irradiação voltou para cá, restando somente um metal pesado que você chamam chumbo; mas esse metal pertence na realidade a outra Terra.”

_”Que pena! Gosto mais deste!” Disse Zendah.

_”Algum dia os homens aprenderão novamente a transformar o chumbo novamente em rádium; mas isso não é para já”. Disse Urano sorrindo.

Deixando as cavernas eles subiram ao topo da montanha onde havia uma construção com telhado de vidro, cuja porta de entrada era alcançada por meio de centenas de degraus. Aí eles viram todas as variedades de máquinas voadoras sendo construídas.

Em um canto perceberam certo número de pessoas em pé em altos pilares, abrindo os braços, pulando de lá de cima e planando até chegar ao chão como se tivessem asas.

_”Que fazem eles? ” peguntou Zendah.

_”Praticam o voo sem máquinas; todos podem fazer isso se aprenderem a usar seu corpo astral apropriadamente; mas sem ele não é fácil não”.

Novamente fora, em um lindo vale viram um bloco de mármore nos quais homens e mulheres esculpiam estátuas, algumas apenas começadas, outras terminadas.

Zendah desejava muito poder fazer o mesmo, e Urano deu-lhe uma pequena ferramenta e disse-lhe que quando chegasse em casa experimentasse, mas praticasse primeiro com massa.

_”Eu preferia poder enviara mensagens pelo ar”, disse Rex.

Urano levou as crianças para outro prédio onde havia inúmeros fios passados de uma parede a outra. Rex viu uma grande placa de ebonite com botões de prata e Urano disse-lhe para apertar um dos botões e desejar intensamente. _”Pense na mensagem que você quer mandar e ela chegará ao seu destino”, disse Urano.

_”Só pensar? ” Perguntou Rex. “Basta isso? ”.

_”Sim, isso chega, mas você deve pensar firme e ao mesmo tempo olhar nesse espelho ao lado”. 

Rex pensou em sua mãe e desejou que ela soubesse as maravilhas que eles estavam vendo.

Ele viu sua mãe em casa, sentada perto da lareira, e uma pequena bola luminosa, cheia de quadros de suas aventuras, partiu como um relâmpago até chegar perto dela e então desapareceu.

Ela sorriu e disse para si mesma: ”Que lindo sonho estão tendo as crianças”.

_”Algum dia, disse Urano, “ as pessoas não precisarão mais de fios para mandarem suas mensagens; apenas ficarão sentadas e pensarão firmemente, e as mensagens chegarão ao seu destino. As crianças poderão fazê-lo mais facilmente do que os adultos”.

_”O poço desta terra faz outras coisas interessantes? ” perguntou Zendah.

_”Sim; aqueles lá estão desenhando lindas catedrais e outros edifícios e aqueles” apontando para outra parede, “estão apreendendo a armazenar o relâmpago e a utiliza-lo para movimentar máquinas que em substituição ao carvão e à gasolina”.

Enormes chamas passavam de um lugar para o outro, estremecendo por vezes o edifício – era como se fosse um grande incêndio! Eles viram centelhas saírem aos milhares de bolas brilhantes colocadas em lugares afastados. Essas bolas apresentavam diversas colorações variando de conformidade com a altura de que eram vistas. As mais baixas eram vermelhas e amarelas, mudando para o verde, ao passo que as mais altas eram azuis e púrpuras. Um homem estava parado em um dos lados da sala e apontava para uma máquina no lado oposto. Quando fazia isso, parecia que jorrava do seu dedo uma torrente de fogo colorido e a máquina punha-se em movimento sem qualquer outro auxílio.

Era maravilhoso, mas quando Rex perguntou como se fazia aquilo, Urano apenas balançou a cabeça e disse:

_”Algum dia você saberá minha criança, se pensar intensamente.

Então, levando-os ao portão de entrada Urano deu a Rex uma pequena ponte mágica que poderia torná-lo capaz de enviar seus pensamentos como relâmpagos para o ligar que desejasse desde que ele usasse a senha.

Para Zendah, Urano deu um pingente feito de duas cobras, como aquelas que estavam no portão de entrada, cada qual com uma safira na boca.

Rex e Zendah não descobriram como saíram daquela Terra. Repentinamente eles viram um flash de luz, a chão estremeceu e nisso eles já estavam em frente ao portão seguinte, ou o da Terra do Capricórnio.

13/10/2016

AS AVENTURAS DE REX E ZENDAH NO ZODIACO - Os Peixes


Original de Esme Swajnson. 

Antes de baterem na porta dos peixes, ficaram alguns minutos olhando para ela — pois era muito difícil encontrar onde bater. Os lados da porta eram como duas grandes ondas e entre elas apareciam linhas de água em movimento, não parando um momento, e brilhando com todas as cores que se veem numa concha. Girando, no centro do portão, havia dois peixes, um seguindo o outro; um tinha cor de cobre e o outro uma cor parecida com a do zinco. No meio deste bonito portão havia uma pérola de grande valor, maravilhosa na forma e na cor, que, como um espelho, refletia um rosto que mudava constantemente de feições. Em um momento este rosto era hediondo e no momento seguinte era belo, tão bonito que dificilmente poderia alguém deixar de gostar dele.

Zendah viu um búzio no chão, junto ao portão.

"Sopra-o", disse Rex. "Nos contos de fadas que nós lemos sempre se toca uma cometa na entrada do castelo do gigante".

Zendah soprou no búzio. Soou uma nota suave, e todo movimento do portão cessou; os peixes pararam de nadar em roda e colocaram-se um de cada lado da pérola.
"Quem pede para entrar" gritou uma voz. "Dê a palavra de passe".

- "Rex e Zendah", disseram os meninos, "e a palavra é "AMOR".

—"Pela virtude do Amor, entrem, Rex e Zendah", disseram várias vozes, e o portão abriu-se lentamente.

Enquanto o portão se abria, Zendah olhou para Rex com espanto e exclamou:

—"Veja, Rex, veja! é só mar!"

Os meninos estavam parados sobre a macia areia de uma praia, e tanto quanto sua vista abrangia, viam milhas e milhas de ondas agitadas, pontilhadas de pequenas ilhas.

Longe, no mar alto, na maior das ilhas, erguia-se um castelo construído em madrepérola.

Logo apareceu perto deles um lindo bote com duas crianças dentro: um menino com cabelos cor de palha e uma menina, tão loura que seus cabelos brilhavam como prata.

O bote tinha o formato de um peixe voador e podia elevar-se no ar e voar, à vontade de quem o dirigia.

— "Vamos voar" gritou Rex, mal se sentaram no bote. O bote elevou-se no ar lentamente, depois mergulhou nas ondas e novamente se elevou, porque parecia não poder subir a grande altura sobre as ondas.

Mostraram aos meninos que o bote era movido por eletricidade. No fundo do bote, exatamente sob o banco onde estava sentada a menina que dirigia o bote, havia placas de cobre. Essa menina calçava sapatos estranhos; o pé esquerdo tinha sola de cobre e o pé direito, sola de zinco; quando queria que o bote navegasse, ela apertava ambos os pés contra as placas de cobre do fundo; quando queria que o bote navegasse nas águas, apertava somente o pé direito; e apertava o pé esquerdo, com sola de cobre, quando queria fazer o bote parar.

Como os meninos ouvissem um cântico curioso enquanto navegavam e não vissem pássaros, perguntaram de onde vinha tal cântico.

— "São os peixes", disseram seus guias. São domesticados e cantam para nós, já que não temos pássaros na Terra dos Peixes".

Passaram por inúmeros botes semelhantes ao em que estavam e logo chegaram ao Castelo de Pérola. Depois de desembarcarem em um pequeno cais andaram por caminho coberto por diferentes espécies de conchas, por entre duas filas de meninas vestidas com túnicas cor de malva pálido. Seus sapatos eram lindos todas as joias que usavam estavam nos pés.

Em parte alguma do castelo havia Cores brilhantes. As paredes eram cor de marfim; os pilares pareciam feitos de feldspato translúcido que lembravam a névoa que certa vez eles haviam visto de manhã à beira-mar, quando o Sol brilhava através dela. Todas as paredes e pilares quando tocados, emitiam um som musical, e todas as pessoas que eles encontravam no caminho levavam um instrumento musical.

Depois de passarem por muitas salas e por escada encaracoladas, pararam afinal na sala do trono e viram o Rei Netuno. Seu trono era feito, de conchas marinhas, com estofo de seda violeta. Em sua mão segurava uma vara longa, feita de um metal esbranquiçado e brilhante, em cuja extremidade havia pontas e em cada uma delas, uma pérola.

"O Tridente de Netuno" murmuraram um para o outro. Netuno deu-lhes as boas vindas e virando-se para um bela senhora que estava a seu lado disse-lhe para mostrar às crianças as maravilhas do país.

"A Rainha Vênus passa muitas horas nesta terra, ajudando-me", disse  Netuno, "e ela entende de crianças mais do que eu".

Eles foram conduzidos a todos os quartos do castelo; em um deles, encontraram uma orquestra composta de crianças, cada uma tocando um instrumento diferente; a música que tocavam era a mais bonita que eles jamais ouviram. Uma ou duas delas, sentadas quietinhas num canto, pareciam nada fazer.

—"Por que não estão tocando com os outros? Estão de castigo?" perguntou Rex.

- "Qual nada" disse Vênus, estão escutando a música dos Anjos e escrevendo-a para que os outros possam tocá-la".

Em outro aposento encontraram todos atarefados em escrever e toda a vez que uma das crianças parava e parecia estar pensando profundamente, aparecia sobre sua cabeça uma pequena nuvem com centenas de pequenos quadros.

—"Estão escrevendo histórias e poesias", disse Vênus, respondendo a pergunta mental das crianças" Todos esses pequenos quadros que vocês veem na nuvem, são as ideias que lhes chegam".

Deixando esses aposentos e descendo as escadas do castelo, chegaram a um anexo ao castelo onde havia várias espécies de animais, alguns feridos nas orelhas, pássaros com asas ou pernas quebradas, e outros com outras doenças. Crianças de todas as idades tentavam ligar seus membros quebrados ou curar suas feridas. Rex e Zendah olharam para seu guia com olhares interrogativos.

"Quando os animais são feridos na terra, vêm para cá para se curarem", disse Vênus olhando em volta.

"As crianças também deviam vir aqui para aprenderem a ser bondosas e a amar todos os animais, pois aqui temos hospitais onde tanto os homens como os animais são curados. Mas antes de vocês partirem, vou mostrar-lhes algo muito precioso", disse Vênus.

Entrando em outro bote voador semelhante ao primeiro eles foram conduzidos a uma ilha próxima do Castelo de Pérola. Era muito pequena e quase que completamente coberta por um Templo de vidro, circular, guardado por dois cavaleiros cobertos por armaduras brilhantes e com escudos onde se via gravado um emblema de uma Taça Prateada em fundo azul. Os cavaleiros também pediram a palavra de passe e, tendo-a recebido, deixaram as crianças entrar.

Nada havia no interior a não ser um altar num dos cantos e um grande espelho. Sobre o altar brilhava intensa luz como a da Lua Cheia; dentro dessa luz puderam ver uma taça de cristal que cintilava como diamante, ou melhor, mais parecia o Sol brilhante numa gota de orvalho.

—"Meninos", disse Vênus "quando o Rei Artur veio viver entre as estrelas, trouxe  consigo a Taça Mágica, que tem o poder de dar aquilo que cada um mais precisa. Mas vocês devem estar certos daquilo que desejam. Deve ser algo que vocês possam repartir com aqueles que vocês amam. Essa taça não voltará à  terra enquanto os homens brigarem uns com os outros. 
Apontando para o Espelho. Ela disse: "neste espelho, se seus olhos forem bastante forte, vocês poderão ver tudo o que aconteceu ou o que venha a acontecer. Vou dar-lhe um espelhinho mágico semelhante a este, Zendah, e se você usá-lo bem, quando estiver em dificuldades, você saberá exatamente o que fazer.

—"Rex segue esta pérola, e toda a vez que você pegar nela, lembre-se da palavra de passe desta terra e assim fazendo, procure levar de volta à terra, outra vez, o Santo Cálice", concluiu Vênus.

Muito contritos, nas pontas dos pés, voltaram ao pórtico do Templo, trazendo consigo seus presentes; retomaram o bote voador, deixando a Rainha Vênus, com um sorriso em seus lábios, em pé sobre os degraus da escada. Voltaram à praia e saíram pelo portão da Terra dos Peixes, e uma vez fora, passaram a procurar pela Terra do Aquário, por vezes conhecido como, "O Homem do Jarro".

ÍNDICE GERAL DA HISTÓRIA - VEJA AQUI

AS AVENTURAS DE REX E ZENDAH NO ZODÍACO (O Começo)

             
                                                                     Original de Esme Swajnson.
PRÓLOGO

Rex e Zendah viviam no campo, numa casa ao lado de um morro coberto de pinheiros que, como Zendah costumava dizer, cantavam para o sol adormecer á noite. Rex pensava que eles fossem as antenas que transmitiam as mensagens das fadas para os habitantes das estrelas.

Todas as manhãs, do seu quartinho, viam o Sol erguer-se sobre os montes do lado oposto, e à noite, geralmente observavam as estrelas acenderem seus luzeiros a pouco e pouco — isto é, quando acontecia eles, estarem acordados.

Durante o inverno, por vezes, esticavam-se na cama para conversar com a cintilante estrela do Cio que então estava alta nos céus para tomar conta da terra depois que Orion guardava sua espada e acendia as luzes do Seu cinturão para que todos vissem.

O aniversário de Rex era a 27 de março, pouco depois de o Sol ter entrado no Signo do Cordeiro (Áries). Rex era ligeiro e alegre; tinha olhos castanhos e cabelo ondulado, também castanho. Alguns dos seus amigos diziam que seus cabelos eram tão quentes quanto seu gênio, mas ele nunca ficava zangado por muito tempo.

O aniversário de Zendah era a 26 de Novembro, ocasião em que o Sol está no Signo do Arqueiro (Sagitário). Tinha lindos cabelos louros, grandes olhos azuis e tinha pena de que seus cabelos fossem apenas ligeiramente ondulados e não tanto quanto os de Rex Seu maior prazer era montar o pequeno "pony" que seu pai lhe dera quando fez 12 anos.

Nenhum dos dois gostava de ficar dentro de casa, e passavam quase todo o tempo correndo no campo à procura de aventuras de qualquer espécie.

No inverno gostavam de sentar-se perto da lareira, enquanto o vento uivava na copa dos pinheiros, ouvindo as histórias que sua mãe contava sobre pássaros e animais, ou então olhavam pelo telescópio do papai e procuravam descobrir onde estavam as estrelas cujos nomes conheciam. Foi então que aconteceu a Grande Aventura — mas — é bom que vocês a leiam.

A AVENTURA

Nesta noite particular, a 21 de março, Rex e Zendah haviam conversado muito tempo sobre estrelas antes de irem dormir e por isso Zendah não se surpreendeu quando deparou com uma figura amarelo-brilhante em pé ao lado de sua cama.

"Rex", gritou, "acorda! Hermes, o mensageiro dos deuses, está aqui no quarto Acorda, antes que ele se vá!".

Ambos sentaram-se na cama e ficaram observando a figura do mensageiro.

Viram que tinha asas nos pés e também que ele trazia seu báculo com as duas serpentes enroladas tal como seu pai lhes havia contado.Hermes sorriu e disse:

"Vocês querem, realmente, saber tudo sobre o Zodíaco? O pai Tempo disse que vocês poderão vir comigo e viajar pelas terras do Zodíaco esta noite se quiserem".

"Mas não levará muito tempo?" perguntou Zendah, "que dirá mamãe se não nos encontrar aqui?"

"Aqueles que atravessam os portões dourados da entrada dos doze signos um segundo antes da meia-noite, poderão ter todas as aventuras antes do relógio bater as doze badaladas - todo mundo sabe que nesse preciso momento o tempo não existe."

"Oh! que maravilhoso!" disseram ambas as crianças, pulando da cama e dançando alegremente, “vamos partir logo."

"Um momento", disse Hermes sorrindo, "Vocês têm de usar seu 'corpo estelar' — o corpo físico de vocês é muito pesado; vocês não podem ir com ele às estrelas".

Levou os até à janela e disse-lhes para olharem para Sirius, a estrela mais brilhante da Constelação do Cão, e manifestarem o ardente desejo de visitá-la.

Quando eles o fizeram, sentiram uma curiosa sensação de estarem afundando, ficando cada vez menores e mais compactos até que de repente — zás — parecia que havia dois Rex e duas Zendah, um adormecido sobre a cama e outro muito bem acordado, com um corpo brilhante circundado por interessante nuvem de várias cores.

—"Agora vocês estão usando seu corpo estelar", disse Hermes, "e podem voar comigo até os Portões Dourados,"

Imediatamente partiram pelo espaço, - deixando no trajeto a Lua e outras coisas estranhas — até que chegaram à entrada das terras do Zodíaco. Os portões ficam exatamente entre os Peixes e o Cordeiro (Pisces e Áries)

Como eram bonitos esses portões! Brancos, com reflexos de inúmeras cores! Por vezes pareciam feitos de fogo dourado, outras vezes de fogo prateado;olhando-os de novo, pareciam diferentes. Algo de sua cor vocês podem perceber em noite fria quando na lareira há lenha acesa; às vezes podem também observar um lampejo de seu brilho quando o Sol está a ponto de desaparecer para seu descanso noturno.

A uma palavra de Hermes, os portões se abriram e as felizes crianças entraram. Milhares de lindas formas vieram ao seu encontro.

"Os Anjos !" murmurou Zendah. Hermes conduziu os a um templo de mármore branco, que tinha sete degraus maciços que conduziam ao pórtico da entrada. Dentro havia um hall circular com doze cômodos, havendo um anjo em cada um. Os anjos vestiam lindos mantos de cores diferentes, tendo uma brilhante estrela na fronte.

Pouco eles puderam ver do que havia lá dentro porque havia muita luz e esta era muito forte; parecia que a luz era nacarada, mostrava primeiro uma cor, depois outra. Subitamente a luz tornou-se cintilante e do branco mais puro e nesta ocasião ouviu-se uma voz dizer: "Que desejam estas crianças mortais?"

"Oh!, Grande Ser, permite-nos visitar as terras dos doze Signos", falou Hermes, "a fim de que estas crianças, ao voltar à terra, possam contar aos outros a obra do Zodíaco, como o fizeram os Sábios de antigamente". 

"Bem pensado", disse a voz.

"Vão, crianças, e não percam os talismãs mágicos que os Guardiões de cada signo lhes darão".

Conservando seus rostos voltados para a luz até atingirem a entrada do Hall, foram conduzidos por Hermes, fora do templo até o primeiro portão

Ao passarem por este portão, viram portas de espaço em espaço, nas paredes de nuvens que circundavam toda aquela terra; foi para uma dessas portas no lado esquerdo, que Hermes os conduziu

—"Eis a entrada para o signo dos Peixes", disse ele.

-"Mas por que", perguntaram Rex e Zendah, "não começamos pelo signo de Cordeiro, já que nos ensinaram que Áries é o primeiro da lista?"

- "Porque na Terra dos Astros tudo é ao contrário. Na terra, se vocês quiserem ter uma boa vista do campo, têm que começar a subir a montanha desde a parte inferior até atingirem o cimo, e tendo visto tudo, vocês descem outra vez ao vale e contam aos seus amigos tudo o que viram no seu passeio. A terra é como um espelho e nela se reflete tudo o que acontece nas estrelas, e como vocês sabem, em um espelho tudo é invertido.

“Quando vocês voltarem para casa e quiserem usar os talismãs que os guardiões dos Signos lhes derem, vocês começarão com o talismã de Áries, o cordeiro. Tomem este rolo e não o percam, pois nele estão escritas as palavras de "passe" para todos os signos; o Guardião de cada portão pedirá esse "passe" antes de vocês poderem entrar."

Hermes despediu-se e deixou-os para continuarem a jornada, mas lhes disse, com seu alegre sorriso, que eles o veriam de novo quando menos esperassem.

Veja agora - As Aventuras de Rex e Zenda - Na Terra dos Peixes
 
ÍNDICE COMPLETO DA HISTÓRIA: AQUI

09/10/2016

Informações do Zodíaco para as Crianças

As lições para crianças aqui colocadas fazem parte da ESCOLA DOMINICAL da THE ROSICRUCIAN FELLOWSHIP . 

Veja antes de qualquer coisa: PRINCÍPIOS ROSACRUZES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL


I - PARA O INÍCIO DE ASTROLOGIA - INFORMAÇÕES SOBRE O ZODÍACO.

Os pais, já familiarizados aos ensinamentos de Max Heindel poderão dar às crianças, como uma base para futuros esclarecimentos da Filosofia Rosacruz, conforme exposta no Conceito Rosacruz do Cosmos, algumas explicações preliminares sobre o Zodíaco, procurando desde o início desenvolver o aspecto devocional da criança.

Como sugestão, pode-se começar explicando que nos planetas e estrelas vivem Grandes Anjos Estelares que estão ajudando Deus a construir e manter o Universo. Estes anjos estão reunidos em famílias que nós chamamos os Signos do Zodíaco e nós conhecemos 12 deles que chamamos os Signos do Zodíaco .

Apresenta-se um desenho do zodíaco. Escolha um simples sem nomes ou símbolos.
Ou se os símbolos aparecerem oriente que esses dados serão explicados futuramente.

Continuando pode-se mostrar que, como somos parte do Universo,  esses Anjos estão nos ajudando a sermos cada dia melhor até atingirmos a perfeição do nosso Pai e Criador.

Cada um , conhecendo  melhor o nível intelectual e a natureza devocional das crianças que têm a seu cargo, e respaldado no AMOR que nutre pelos pequenos seres que estão sob sua responsabilidade, encontrará, sem dúvida a forma mais adequada de ensiná-los.

Futuramente virão aqui, as lições de Filosofia, conforme a Escola Dominical da The Rosicrucian Fellowship.

Olá Amiguinhos! Feliz Dia das Crianças!

Pintura sobre tela de Carl Vogel von Vogelstein. Século XIX.

A CRIANÇA

É alegria que dos Céus nos chega
Cheia de Vida e real vigor,
Uma luzinha que se aconchega
Como o brotar de uma flor!...

Uma mensagem do Plano Celeste,
Um amiguinho a nos visitar...
É luz divina que outro corpo veste,
Já neste Plano a se manifestar!...

Eu Sou a Vida – disse Jesus,
E das crianças o Meu Reino é!
Envolto em lua falava o Senhor!

Pequena fonte de ternura e fé,
Já envergando sua tenra crua...
Nos ensinará tudo sobre o Amor!

poesia de Lauro de Oliveira (Publicado no EC OS da 
Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil)