13/10/2016

AS AVENTURAS DE REX E ZENDAH NO ZODÍACO (O Começo)

             
                                                                     Original de Esme Swajnson.
PRÓLOGO

Rex e Zendah viviam no campo, numa casa ao lado de um morro coberto de pinheiros que, como Zendah costumava dizer, cantavam para o sol adormecer á noite. Rex pensava que eles fossem as antenas que transmitiam as mensagens das fadas para os habitantes das estrelas.

Todas as manhãs, do seu quartinho, viam o Sol erguer-se sobre os montes do lado oposto, e à noite, geralmente observavam as estrelas acenderem seus luzeiros a pouco e pouco — isto é, quando acontecia eles, estarem acordados.

Durante o inverno, por vezes, esticavam-se na cama para conversar com a cintilante estrela do Cio que então estava alta nos céus para tomar conta da terra depois que Orion guardava sua espada e acendia as luzes do Seu cinturão para que todos vissem.

O aniversário de Rex era a 27 de março, pouco depois de o Sol ter entrado no Signo do Cordeiro (Áries). Rex era ligeiro e alegre; tinha olhos castanhos e cabelo ondulado, também castanho. Alguns dos seus amigos diziam que seus cabelos eram tão quentes quanto seu gênio, mas ele nunca ficava zangado por muito tempo.

O aniversário de Zendah era a 26 de Novembro, ocasião em que o Sol está no Signo do Arqueiro (Sagitário). Tinha lindos cabelos louros, grandes olhos azuis e tinha pena de que seus cabelos fossem apenas ligeiramente ondulados e não tanto quanto os de Rex Seu maior prazer era montar o pequeno "pony" que seu pai lhe dera quando fez 12 anos.

Nenhum dos dois gostava de ficar dentro de casa, e passavam quase todo o tempo correndo no campo à procura de aventuras de qualquer espécie.

No inverno gostavam de sentar-se perto da lareira, enquanto o vento uivava na copa dos pinheiros, ouvindo as histórias que sua mãe contava sobre pássaros e animais, ou então olhavam pelo telescópio do papai e procuravam descobrir onde estavam as estrelas cujos nomes conheciam. Foi então que aconteceu a Grande Aventura — mas — é bom que vocês a leiam.

A AVENTURA

Nesta noite particular, a 21 de março, Rex e Zendah haviam conversado muito tempo sobre estrelas antes de irem dormir e por isso Zendah não se surpreendeu quando deparou com uma figura amarelo-brilhante em pé ao lado de sua cama.

"Rex", gritou, "acorda! Hermes, o mensageiro dos deuses, está aqui no quarto Acorda, antes que ele se vá!".

Ambos sentaram-se na cama e ficaram observando a figura do mensageiro.

Viram que tinha asas nos pés e também que ele trazia seu báculo com as duas serpentes enroladas tal como seu pai lhes havia contado.Hermes sorriu e disse:

"Vocês querem, realmente, saber tudo sobre o Zodíaco? O pai Tempo disse que vocês poderão vir comigo e viajar pelas terras do Zodíaco esta noite se quiserem".

"Mas não levará muito tempo?" perguntou Zendah, "que dirá mamãe se não nos encontrar aqui?"

"Aqueles que atravessam os portões dourados da entrada dos doze signos um segundo antes da meia-noite, poderão ter todas as aventuras antes do relógio bater as doze badaladas - todo mundo sabe que nesse preciso momento o tempo não existe."

"Oh! que maravilhoso!" disseram ambas as crianças, pulando da cama e dançando alegremente, “vamos partir logo."

"Um momento", disse Hermes sorrindo, "Vocês têm de usar seu 'corpo estelar' — o corpo físico de vocês é muito pesado; vocês não podem ir com ele às estrelas".

Levou os até à janela e disse-lhes para olharem para Sirius, a estrela mais brilhante da Constelação do Cão, e manifestarem o ardente desejo de visitá-la.

Quando eles o fizeram, sentiram uma curiosa sensação de estarem afundando, ficando cada vez menores e mais compactos até que de repente — zás — parecia que havia dois Rex e duas Zendah, um adormecido sobre a cama e outro muito bem acordado, com um corpo brilhante circundado por interessante nuvem de várias cores.

—"Agora vocês estão usando seu corpo estelar", disse Hermes, "e podem voar comigo até os Portões Dourados,"

Imediatamente partiram pelo espaço, - deixando no trajeto a Lua e outras coisas estranhas — até que chegaram à entrada das terras do Zodíaco. Os portões ficam exatamente entre os Peixes e o Cordeiro (Pisces e Áries)

Como eram bonitos esses portões! Brancos, com reflexos de inúmeras cores! Por vezes pareciam feitos de fogo dourado, outras vezes de fogo prateado;olhando-os de novo, pareciam diferentes. Algo de sua cor vocês podem perceber em noite fria quando na lareira há lenha acesa; às vezes podem também observar um lampejo de seu brilho quando o Sol está a ponto de desaparecer para seu descanso noturno.

A uma palavra de Hermes, os portões se abriram e as felizes crianças entraram. Milhares de lindas formas vieram ao seu encontro.

"Os Anjos !" murmurou Zendah. Hermes conduziu os a um templo de mármore branco, que tinha sete degraus maciços que conduziam ao pórtico da entrada. Dentro havia um hall circular com doze cômodos, havendo um anjo em cada um. Os anjos vestiam lindos mantos de cores diferentes, tendo uma brilhante estrela na fronte.

Pouco eles puderam ver do que havia lá dentro porque havia muita luz e esta era muito forte; parecia que a luz era nacarada, mostrava primeiro uma cor, depois outra. Subitamente a luz tornou-se cintilante e do branco mais puro e nesta ocasião ouviu-se uma voz dizer: "Que desejam estas crianças mortais?"

"Oh!, Grande Ser, permite-nos visitar as terras dos doze Signos", falou Hermes, "a fim de que estas crianças, ao voltar à terra, possam contar aos outros a obra do Zodíaco, como o fizeram os Sábios de antigamente". 

"Bem pensado", disse a voz.

"Vão, crianças, e não percam os talismãs mágicos que os Guardiões de cada signo lhes darão".

Conservando seus rostos voltados para a luz até atingirem a entrada do Hall, foram conduzidos por Hermes, fora do templo até o primeiro portão

Ao passarem por este portão, viram portas de espaço em espaço, nas paredes de nuvens que circundavam toda aquela terra; foi para uma dessas portas no lado esquerdo, que Hermes os conduziu

—"Eis a entrada para o signo dos Peixes", disse ele.

-"Mas por que", perguntaram Rex e Zendah, "não começamos pelo signo de Cordeiro, já que nos ensinaram que Áries é o primeiro da lista?"

- "Porque na Terra dos Astros tudo é ao contrário. Na terra, se vocês quiserem ter uma boa vista do campo, têm que começar a subir a montanha desde a parte inferior até atingirem o cimo, e tendo visto tudo, vocês descem outra vez ao vale e contam aos seus amigos tudo o que viram no seu passeio. A terra é como um espelho e nela se reflete tudo o que acontece nas estrelas, e como vocês sabem, em um espelho tudo é invertido.

“Quando vocês voltarem para casa e quiserem usar os talismãs que os guardiões dos Signos lhes derem, vocês começarão com o talismã de Áries, o cordeiro. Tomem este rolo e não o percam, pois nele estão escritas as palavras de "passe" para todos os signos; o Guardião de cada portão pedirá esse "passe" antes de vocês poderem entrar."

Hermes despediu-se e deixou-os para continuarem a jornada, mas lhes disse, com seu alegre sorriso, que eles o veriam de novo quando menos esperassem.

Veja agora - As Aventuras de Rex e Zenda - Na Terra dos Peixes
 
ÍNDICE COMPLETO DA HISTÓRIA: AQUI

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