13/10/2016

AS AVENTURAS DE REX E ZENDAH NO ZODIACO - Os Peixes


Original de Esme Swajnson. 

Antes de baterem na porta dos peixes, ficaram alguns minutos olhando para ela — pois era muito difícil encontrar onde bater. Os lados da porta eram como duas grandes ondas e entre elas apareciam linhas de água em movimento, não parando um momento, e brilhando com todas as cores que se veem numa concha. Girando, no centro do portão, havia dois peixes, um seguindo o outro; um tinha cor de cobre e o outro uma cor parecida com a do zinco. No meio deste bonito portão havia uma pérola de grande valor, maravilhosa na forma e na cor, que, como um espelho, refletia um rosto que mudava constantemente de feições. Em um momento este rosto era hediondo e no momento seguinte era belo, tão bonito que dificilmente poderia alguém deixar de gostar dele.

Zendah viu um búzio no chão, junto ao portão.

"Sopra-o", disse Rex. "Nos contos de fadas que nós lemos sempre se toca uma cometa na entrada do castelo do gigante".

Zendah soprou no búzio. Soou uma nota suave, e todo movimento do portão cessou; os peixes pararam de nadar em roda e colocaram-se um de cada lado da pérola.
"Quem pede para entrar" gritou uma voz. "Dê a palavra de passe".

- "Rex e Zendah", disseram os meninos, "e a palavra é "AMOR".

—"Pela virtude do Amor, entrem, Rex e Zendah", disseram várias vozes, e o portão abriu-se lentamente.

Enquanto o portão se abria, Zendah olhou para Rex com espanto e exclamou:

—"Veja, Rex, veja! é só mar!"

Os meninos estavam parados sobre a macia areia de uma praia, e tanto quanto sua vista abrangia, viam milhas e milhas de ondas agitadas, pontilhadas de pequenas ilhas.

Longe, no mar alto, na maior das ilhas, erguia-se um castelo construído em madrepérola.

Logo apareceu perto deles um lindo bote com duas crianças dentro: um menino com cabelos cor de palha e uma menina, tão loura que seus cabelos brilhavam como prata.

O bote tinha o formato de um peixe voador e podia elevar-se no ar e voar, à vontade de quem o dirigia.

— "Vamos voar" gritou Rex, mal se sentaram no bote. O bote elevou-se no ar lentamente, depois mergulhou nas ondas e novamente se elevou, porque parecia não poder subir a grande altura sobre as ondas.

Mostraram aos meninos que o bote era movido por eletricidade. No fundo do bote, exatamente sob o banco onde estava sentada a menina que dirigia o bote, havia placas de cobre. Essa menina calçava sapatos estranhos; o pé esquerdo tinha sola de cobre e o pé direito, sola de zinco; quando queria que o bote navegasse, ela apertava ambos os pés contra as placas de cobre do fundo; quando queria que o bote navegasse nas águas, apertava somente o pé direito; e apertava o pé esquerdo, com sola de cobre, quando queria fazer o bote parar.

Como os meninos ouvissem um cântico curioso enquanto navegavam e não vissem pássaros, perguntaram de onde vinha tal cântico.

— "São os peixes", disseram seus guias. São domesticados e cantam para nós, já que não temos pássaros na Terra dos Peixes".

Passaram por inúmeros botes semelhantes ao em que estavam e logo chegaram ao Castelo de Pérola. Depois de desembarcarem em um pequeno cais andaram por caminho coberto por diferentes espécies de conchas, por entre duas filas de meninas vestidas com túnicas cor de malva pálido. Seus sapatos eram lindos todas as joias que usavam estavam nos pés.

Em parte alguma do castelo havia Cores brilhantes. As paredes eram cor de marfim; os pilares pareciam feitos de feldspato translúcido que lembravam a névoa que certa vez eles haviam visto de manhã à beira-mar, quando o Sol brilhava através dela. Todas as paredes e pilares quando tocados, emitiam um som musical, e todas as pessoas que eles encontravam no caminho levavam um instrumento musical.

Depois de passarem por muitas salas e por escada encaracoladas, pararam afinal na sala do trono e viram o Rei Netuno. Seu trono era feito, de conchas marinhas, com estofo de seda violeta. Em sua mão segurava uma vara longa, feita de um metal esbranquiçado e brilhante, em cuja extremidade havia pontas e em cada uma delas, uma pérola.

"O Tridente de Netuno" murmuraram um para o outro. Netuno deu-lhes as boas vindas e virando-se para um bela senhora que estava a seu lado disse-lhe para mostrar às crianças as maravilhas do país.

"A Rainha Vênus passa muitas horas nesta terra, ajudando-me", disse  Netuno, "e ela entende de crianças mais do que eu".

Eles foram conduzidos a todos os quartos do castelo; em um deles, encontraram uma orquestra composta de crianças, cada uma tocando um instrumento diferente; a música que tocavam era a mais bonita que eles jamais ouviram. Uma ou duas delas, sentadas quietinhas num canto, pareciam nada fazer.

—"Por que não estão tocando com os outros? Estão de castigo?" perguntou Rex.

- "Qual nada" disse Vênus, estão escutando a música dos Anjos e escrevendo-a para que os outros possam tocá-la".

Em outro aposento encontraram todos atarefados em escrever e toda a vez que uma das crianças parava e parecia estar pensando profundamente, aparecia sobre sua cabeça uma pequena nuvem com centenas de pequenos quadros.

—"Estão escrevendo histórias e poesias", disse Vênus, respondendo a pergunta mental das crianças" Todos esses pequenos quadros que vocês veem na nuvem, são as ideias que lhes chegam".

Deixando esses aposentos e descendo as escadas do castelo, chegaram a um anexo ao castelo onde havia várias espécies de animais, alguns feridos nas orelhas, pássaros com asas ou pernas quebradas, e outros com outras doenças. Crianças de todas as idades tentavam ligar seus membros quebrados ou curar suas feridas. Rex e Zendah olharam para seu guia com olhares interrogativos.

"Quando os animais são feridos na terra, vêm para cá para se curarem", disse Vênus olhando em volta.

"As crianças também deviam vir aqui para aprenderem a ser bondosas e a amar todos os animais, pois aqui temos hospitais onde tanto os homens como os animais são curados. Mas antes de vocês partirem, vou mostrar-lhes algo muito precioso", disse Vênus.

Entrando em outro bote voador semelhante ao primeiro eles foram conduzidos a uma ilha próxima do Castelo de Pérola. Era muito pequena e quase que completamente coberta por um Templo de vidro, circular, guardado por dois cavaleiros cobertos por armaduras brilhantes e com escudos onde se via gravado um emblema de uma Taça Prateada em fundo azul. Os cavaleiros também pediram a palavra de passe e, tendo-a recebido, deixaram as crianças entrar.

Nada havia no interior a não ser um altar num dos cantos e um grande espelho. Sobre o altar brilhava intensa luz como a da Lua Cheia; dentro dessa luz puderam ver uma taça de cristal que cintilava como diamante, ou melhor, mais parecia o Sol brilhante numa gota de orvalho.

—"Meninos", disse Vênus "quando o Rei Artur veio viver entre as estrelas, trouxe  consigo a Taça Mágica, que tem o poder de dar aquilo que cada um mais precisa. Mas vocês devem estar certos daquilo que desejam. Deve ser algo que vocês possam repartir com aqueles que vocês amam. Essa taça não voltará à  terra enquanto os homens brigarem uns com os outros. 
Apontando para o Espelho. Ela disse: "neste espelho, se seus olhos forem bastante forte, vocês poderão ver tudo o que aconteceu ou o que venha a acontecer. Vou dar-lhe um espelhinho mágico semelhante a este, Zendah, e se você usá-lo bem, quando estiver em dificuldades, você saberá exatamente o que fazer.

—"Rex segue esta pérola, e toda a vez que você pegar nela, lembre-se da palavra de passe desta terra e assim fazendo, procure levar de volta à terra, outra vez, o Santo Cálice", concluiu Vênus.

Muito contritos, nas pontas dos pés, voltaram ao pórtico do Templo, trazendo consigo seus presentes; retomaram o bote voador, deixando a Rainha Vênus, com um sorriso em seus lábios, em pé sobre os degraus da escada. Voltaram à praia e saíram pelo portão da Terra dos Peixes, e uma vez fora, passaram a procurar pela Terra do Aquário, por vezes conhecido como, "O Homem do Jarro".

ÍNDICE GERAL DA HISTÓRIA - VEJA AQUI

AS AVENTURAS DE REX E ZENDAH NO ZODÍACO (O Começo)

             
                                                                     Original de Esme Swajnson.
PRÓLOGO

Rex e Zendah viviam no campo, numa casa ao lado de um morro coberto de pinheiros que, como Zendah costumava dizer, cantavam para o sol adormecer á noite. Rex pensava que eles fossem as antenas que transmitiam as mensagens das fadas para os habitantes das estrelas.

Todas as manhãs, do seu quartinho, viam o Sol erguer-se sobre os montes do lado oposto, e à noite, geralmente observavam as estrelas acenderem seus luzeiros a pouco e pouco — isto é, quando acontecia eles, estarem acordados.

Durante o inverno, por vezes, esticavam-se na cama para conversar com a cintilante estrela do Cio que então estava alta nos céus para tomar conta da terra depois que Orion guardava sua espada e acendia as luzes do Seu cinturão para que todos vissem.

O aniversário de Rex era a 27 de março, pouco depois de o Sol ter entrado no Signo do Cordeiro (Áries). Rex era ligeiro e alegre; tinha olhos castanhos e cabelo ondulado, também castanho. Alguns dos seus amigos diziam que seus cabelos eram tão quentes quanto seu gênio, mas ele nunca ficava zangado por muito tempo.

O aniversário de Zendah era a 26 de Novembro, ocasião em que o Sol está no Signo do Arqueiro (Sagitário). Tinha lindos cabelos louros, grandes olhos azuis e tinha pena de que seus cabelos fossem apenas ligeiramente ondulados e não tanto quanto os de Rex Seu maior prazer era montar o pequeno "pony" que seu pai lhe dera quando fez 12 anos.

Nenhum dos dois gostava de ficar dentro de casa, e passavam quase todo o tempo correndo no campo à procura de aventuras de qualquer espécie.

No inverno gostavam de sentar-se perto da lareira, enquanto o vento uivava na copa dos pinheiros, ouvindo as histórias que sua mãe contava sobre pássaros e animais, ou então olhavam pelo telescópio do papai e procuravam descobrir onde estavam as estrelas cujos nomes conheciam. Foi então que aconteceu a Grande Aventura — mas — é bom que vocês a leiam.

A AVENTURA

Nesta noite particular, a 21 de março, Rex e Zendah haviam conversado muito tempo sobre estrelas antes de irem dormir e por isso Zendah não se surpreendeu quando deparou com uma figura amarelo-brilhante em pé ao lado de sua cama.

"Rex", gritou, "acorda! Hermes, o mensageiro dos deuses, está aqui no quarto Acorda, antes que ele se vá!".

Ambos sentaram-se na cama e ficaram observando a figura do mensageiro.

Viram que tinha asas nos pés e também que ele trazia seu báculo com as duas serpentes enroladas tal como seu pai lhes havia contado.Hermes sorriu e disse:

"Vocês querem, realmente, saber tudo sobre o Zodíaco? O pai Tempo disse que vocês poderão vir comigo e viajar pelas terras do Zodíaco esta noite se quiserem".

"Mas não levará muito tempo?" perguntou Zendah, "que dirá mamãe se não nos encontrar aqui?"

"Aqueles que atravessam os portões dourados da entrada dos doze signos um segundo antes da meia-noite, poderão ter todas as aventuras antes do relógio bater as doze badaladas - todo mundo sabe que nesse preciso momento o tempo não existe."

"Oh! que maravilhoso!" disseram ambas as crianças, pulando da cama e dançando alegremente, “vamos partir logo."

"Um momento", disse Hermes sorrindo, "Vocês têm de usar seu 'corpo estelar' — o corpo físico de vocês é muito pesado; vocês não podem ir com ele às estrelas".

Levou os até à janela e disse-lhes para olharem para Sirius, a estrela mais brilhante da Constelação do Cão, e manifestarem o ardente desejo de visitá-la.

Quando eles o fizeram, sentiram uma curiosa sensação de estarem afundando, ficando cada vez menores e mais compactos até que de repente — zás — parecia que havia dois Rex e duas Zendah, um adormecido sobre a cama e outro muito bem acordado, com um corpo brilhante circundado por interessante nuvem de várias cores.

—"Agora vocês estão usando seu corpo estelar", disse Hermes, "e podem voar comigo até os Portões Dourados,"

Imediatamente partiram pelo espaço, - deixando no trajeto a Lua e outras coisas estranhas — até que chegaram à entrada das terras do Zodíaco. Os portões ficam exatamente entre os Peixes e o Cordeiro (Pisces e Áries)

Como eram bonitos esses portões! Brancos, com reflexos de inúmeras cores! Por vezes pareciam feitos de fogo dourado, outras vezes de fogo prateado;olhando-os de novo, pareciam diferentes. Algo de sua cor vocês podem perceber em noite fria quando na lareira há lenha acesa; às vezes podem também observar um lampejo de seu brilho quando o Sol está a ponto de desaparecer para seu descanso noturno.

A uma palavra de Hermes, os portões se abriram e as felizes crianças entraram. Milhares de lindas formas vieram ao seu encontro.

"Os Anjos !" murmurou Zendah. Hermes conduziu os a um templo de mármore branco, que tinha sete degraus maciços que conduziam ao pórtico da entrada. Dentro havia um hall circular com doze cômodos, havendo um anjo em cada um. Os anjos vestiam lindos mantos de cores diferentes, tendo uma brilhante estrela na fronte.

Pouco eles puderam ver do que havia lá dentro porque havia muita luz e esta era muito forte; parecia que a luz era nacarada, mostrava primeiro uma cor, depois outra. Subitamente a luz tornou-se cintilante e do branco mais puro e nesta ocasião ouviu-se uma voz dizer: "Que desejam estas crianças mortais?"

"Oh!, Grande Ser, permite-nos visitar as terras dos doze Signos", falou Hermes, "a fim de que estas crianças, ao voltar à terra, possam contar aos outros a obra do Zodíaco, como o fizeram os Sábios de antigamente". 

"Bem pensado", disse a voz.

"Vão, crianças, e não percam os talismãs mágicos que os Guardiões de cada signo lhes darão".

Conservando seus rostos voltados para a luz até atingirem a entrada do Hall, foram conduzidos por Hermes, fora do templo até o primeiro portão

Ao passarem por este portão, viram portas de espaço em espaço, nas paredes de nuvens que circundavam toda aquela terra; foi para uma dessas portas no lado esquerdo, que Hermes os conduziu

—"Eis a entrada para o signo dos Peixes", disse ele.

-"Mas por que", perguntaram Rex e Zendah, "não começamos pelo signo de Cordeiro, já que nos ensinaram que Áries é o primeiro da lista?"

- "Porque na Terra dos Astros tudo é ao contrário. Na terra, se vocês quiserem ter uma boa vista do campo, têm que começar a subir a montanha desde a parte inferior até atingirem o cimo, e tendo visto tudo, vocês descem outra vez ao vale e contam aos seus amigos tudo o que viram no seu passeio. A terra é como um espelho e nela se reflete tudo o que acontece nas estrelas, e como vocês sabem, em um espelho tudo é invertido.

“Quando vocês voltarem para casa e quiserem usar os talismãs que os guardiões dos Signos lhes derem, vocês começarão com o talismã de Áries, o cordeiro. Tomem este rolo e não o percam, pois nele estão escritas as palavras de "passe" para todos os signos; o Guardião de cada portão pedirá esse "passe" antes de vocês poderem entrar."

Hermes despediu-se e deixou-os para continuarem a jornada, mas lhes disse, com seu alegre sorriso, que eles o veriam de novo quando menos esperassem.

Veja agora - As Aventuras de Rex e Zenda - Na Terra dos Peixes
 
ÍNDICE COMPLETO DA HISTÓRIA: AQUI

09/10/2016

Informações do Zodíaco para as Crianças

As lições para crianças aqui colocadas fazem parte da ESCOLA DOMINICAL da THE ROSICRUCIAN FELLOWSHIP . 

Veja antes de qualquer coisa: PRINCÍPIOS ROSACRUZES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL


I - PARA O INÍCIO DE ASTROLOGIA - INFORMAÇÕES SOBRE O ZODÍACO.

Os pais, já familiarizados aos ensinamentos de Max Heindel poderão dar às crianças, como uma base para futuros esclarecimentos da Filosofia Rosacruz, conforme exposta no Conceito Rosacruz do Cosmos, algumas explicações preliminares sobre o Zodíaco, procurando desde o início desenvolver o aspecto devocional da criança.

Como sugestão, pode-se começar explicando que nos planetas e estrelas vivem Grandes Anjos Estelares que estão ajudando Deus a construir e manter o Universo. Estes anjos estão reunidos em famílias que nós chamamos os Signos do Zodíaco e nós conhecemos 12 deles que chamamos os Signos do Zodíaco .

Apresenta-se um desenho do zodíaco. Escolha um simples sem nomes ou símbolos.
Ou se os símbolos aparecerem oriente que esses dados serão explicados futuramente.

Continuando pode-se mostrar que, como somos parte do Universo,  esses Anjos estão nos ajudando a sermos cada dia melhor até atingirmos a perfeição do nosso Pai e Criador.

Cada um , conhecendo  melhor o nível intelectual e a natureza devocional das crianças que têm a seu cargo, e respaldado no AMOR que nutre pelos pequenos seres que estão sob sua responsabilidade, encontrará, sem dúvida a forma mais adequada de ensiná-los.

Futuramente virão aqui, as lições de Filosofia, conforme a Escola Dominical da The Rosicrucian Fellowship.

Olá Amiguinhos! Feliz Dia das Crianças!

Pintura sobre tela de Carl Vogel von Vogelstein. Século XIX.

A CRIANÇA

É alegria que dos Céus nos chega
Cheia de Vida e real vigor,
Uma luzinha que se aconchega
Como o brotar de uma flor!...

Uma mensagem do Plano Celeste,
Um amiguinho a nos visitar...
É luz divina que outro corpo veste,
Já neste Plano a se manifestar!...

Eu Sou a Vida – disse Jesus,
E das crianças o Meu Reino é!
Envolto em lua falava o Senhor!

Pequena fonte de ternura e fé,
Já envergando sua tenra crua...
Nos ensinará tudo sobre o Amor!

poesia de Lauro de Oliveira (Publicado no EC OS da 
Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil)